O toque da morte em "Contatos Amazônicos do Terceiro Grau", de Márcio Souza
uma análise semiótica do percurso gerativo do sentido
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i37.8205Palavras-chave:
Semiótica, percurso gerativo do sentido, teatro indígena, Márcio SouzaResumo
Neste artigo é realizada uma análise da manifestação dos signos verbais em uma narrativa de temática indígena, explorando as relações de permanência e mudança de significados. Para alcançar esse objetivo, focalizamos a obra intitulada "Contatos Amazônicos do Terceiro Grau" (1997), escrita por Márcio Souza, que se desenrola como um ato teatral singular. A trama se desenvolve em torno da extraordinária vivência de um jovem casal indígena, pertencente a uma tribo isolada na região amazônica, ao deparar-se com um objeto emblemático encontrado na floresta. Quem deixou esse objeto ali e o que ele simboliza? Para responder esse mistério, a narrativa se reveste de signos verbais que, além de construírem os discursos das personagens e as didascálias, suscitam percepções temático-ideológicas, principalmente, quanto à iminência da morte simbolizada por estranhos ruídos na mata. As metáforas moldam o enredo, promovendo um caráter estético à narrativa e o final surpreende o leitor/espectador que tem que imaginar o futuro dos heróis. Nossa análise adota uma abordagem fundamentada na semiótica de Algirdas Julius Greimas (1975), com apoio nos estudos de Diana Luz Pessoa Barros (2005) e José Fiorin (1995) a respeito do percurso gerativo do sentido. Além disso, consideramos as perspectivas de Anne Ubersfeld (2005), Matsaud Moisés (2007) e João de Jesus Paes Loureiro (1995) sobre teatro e a cultura amazônica, juntamente com as contribuições de outros autores, para embasar e fortalecer as proposições elencadas.
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