A alterficção em "Negro disfarce", de Oswaldo de Camargo
Visualizações: 96DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8231Palavras-chave:
Oswaldo de Camargo, autoficção, alterficção, Associação Cultural do Negro, literatura brasileira contemporâneaResumo
O objetivo do artigo é analisar em Negro Disfarce, de Oswaldo de Camargo, os anseios e os impasses de um jovem homem negro consciente em assumir a sua identidade racial na São Paulo da Segunda República, enfatizando o uso da narrativa autoficcional para ilustrar os participantes da Associação Cultural do Negro e suas diferentes percepções para lidar com a questão racial. A complexidade das experiências das personagens negras possibilita a liberdade para que o autor revisite e recrie o passado, valendo-se de uma elaboração da autoficção como estratégia literária para a reinvenção de si como outros, configurando-se em uma alterficção negra.
Referências
BAEZ, Fernando. A história da destruição cultural da América Latina: da conquista à globalização. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2010.
CAMARGO, Oswaldo. Negro disfarce. São Paulo: Ciclo Contínuo, 2020.
CUTI. Literatura negro-brasileira. São Paulo: Selo Negro, 2010.
CUTI. ...E disse o velho militante José Correia Leite. São Paulo: Noovha América, 2007.
DOMINGUES, Petrônio. “Em defesa da humanidade”: A Associação Cultural do Negro na arena do “Black Internationalism”. In: BUTLER, Kim D.; DOMINGUES, Petrônio. Diásporas imaginadas: Atlântico negro e histórias afro-brasileiras. São Paulo: Perspectiva, 2020. p. 217-242.
DU BOIS, W. E. B. As almas da gente negra. Trad. Heloísa Toller Gomes. Rio de Janeiro: Lacerda, 1999.
DUARTE, Eduardo de Assis. Oswaldo de Camargo: poesia, ficção, autoficção. Revista Araticum, v. 13, n. 1, p. 50-60, 2016.
FAEDRICH, Anna. Autoficção: um percurso teórico. Criação & Crítica, n. 17, p. 30-46, dez. 2016.
FAEDRICH, Anna. O conceito de autoficção: demarcações a partir da literatura brasileira contemporânea. Itinerários, Araraquara, n. 40, p. 45-60, jan.-jun., 2015.
FILIPPO, Thiara Vasconcelos de. Imagens poéticas: O negro, a África e a noite na literatura de Oswaldo de Camargo. 2007. 140 f. Dissertação (Mestrado em Letras: Estudos Literários), Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2007.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. Trad. Tomaz Tadeu da Silva; Guacira Lopes Louro. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
HOOKS, Bell. Tudo sobre o amor: novas perspectivas. Trad. Stephanie Borges. São Paulo: Elefante, 2021.
MARTINS, Anna Faedrich. Autoficções: do conceito teórico à prática na literatura brasileira contemporânea. 251 f. Tese (Doutorado em Letras). Programa de Pós-graduação em Letras da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2014.
MEDEIROS, Mário. Sistema literário e ativismo político e cultural. In: TENNINA, Lucía; MEDEIROS, Mário; PEÇANHA, Érica; HAPKE, Ingrid (org.). Polifonias marginais. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2015. p. 35-133.
NASCIMENTO, Evando. Autoficção como dispositivo: autoficções. Matraga, Rio de Janeiro, v. 24, n. 42, p. 611-634, set-dez. 2017.
NASCIMENTO, Evando. Matérias-primas: da autobiografia à autoficção – ou vice-versa. In: NASCIF, Rose Mary Abrão; LAGE, Verônica Lucy Coutinho (org.). Literatura, Crítica e Cultura IV: interdisciplinaridade. Juiz de Fora: Editora da UFJF, 2010. p. 59-75
POLLAK, Michael. Memória, esquecimento, silêncio. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 2, n. 3, p. 3-15, 1989.
SILVA, Mário Augusto Medeiros da. A descoberta do insólito: literatura negra e literatura periférica no Brasil (1960-2000). Rio de Janeiro: Aeroplano, 2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).