A longa carta de Mariama Bâ e a escrita de si
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https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8244Palavras-chave:
Escrita de si, Une si longue lettre, perlaboraçãoResumo
Este artigo visa a examinar a presença da “escrita de si” no romance Une si longue lettre, da escritora senegalesa Mariama Bâ. Na obra em tela, a protagonista Ramatoulaye se serve do expediente da “escrita de si” para reavaliar sua vida, suas decisões e reencontrar seu eixo. A redação da missiva a auxilia a se conhecer melhor e, por meio da reflexão, propiciada por sua reclusão vidual, se assenhora de si e toma consciência de si e do lugar ocupado pela mulher em sua sociedade. A escrita assiste à personagem no sentido de compreender seu mal e de várias congêneres. Dessa forma, ela possibilita sua reestruturação e seu fortalecimento para não desistir de ser uma mulher atuante e de procurar sua felicidade. Apoiamo-nos nas reflexões empreendidas por Foucault (1992), Klinger (2012), Dia (2003), Genette (2017), dentre outros para empreender esta análise.
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