Mini(auto)biografias
breves relatos de vidas insurgentes
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https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8249Palavras-chave:
Autobiografia, escritas do eu, identidade, ativismo, minoriasResumo
Na contemporaneidade, as fronteiras do espaço biográfico mostram-se cada vez mais expandidas. Dentro desse panorama, as escritas do “eu” assumem um papel de relevância na medida em que a sua exposição não somente abrange a revelação das intimidades e pormenores do cotidiano, mas também remete a temas que acabam por nortear a própria construção identitária dos sujeitos. Assim, falar de si ganha, sobretudo na esfera midiática, contornos de engajamento e resistência por parte de segmentos minoritários, todos eles norteados por pautas que intentam a proteção de direitos e a afirmação de suas existências. Na tentativa de combater as marcas longevas da invisibilidade, diferentes autores protagonizam o compartilhar de suas histórias pessoais, evocando memórias dolorosas, denunciando violências sofridas, mas sobretudo enaltecendo a potência libertadora e criativa de suas produções literárias e artísticas. Com suas atenções voltadas para as chamadas mini(auto)biografias, que são pequenos textos elaborados pelos autores com o objetivo de apresentarem um resumo sobre suas trajetórias em espaços dedicados à divulgação literária, o presente artigo promove um recorte analítico das narrativas cujos conteúdos se opõem frontalmente aos apagamentos vividos por sujeitos minoritários. Tendo por base relatos publicados na revista digital Ruído Manifesto, os quais acompanham poemas, contos e crônicas desses escritores, procuramos discutir o quanto as expressões ali perfiladas se constituem como instrumentos de sobrevivência de indivíduos e suas respectivas comunidades.
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