Formas de Controle Social e Opressão das Identidades em A Revolução Dos Bichos (1945) e 1984 (1949), de George Orwell
DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v1i39.9072Palavras-chave:
Controle social, Distopia, George OrwellResumo
A presente pesquisa tem como objetivo analisar o discurso distópico recorrente nas obras de George Orwell, tendo como eixo a Linguagem que produz a Memória para interpretar a Imagem como elemento de manutenção para o controle social. Como metodologia, a Literatura Comparada Intra-autoral segundo Caravalhal (2006) foi utilizada, considerando sua utilização para o estudo da estética literária do autor. A fundamentação teórica se deu segundo os estudos de Fairclough (2001), que discorre sobre o discurso da narrativa e sua importância para as mudanças sociais; Halbwachs (1990), Ricoeur (2007) e Rossi (2010), autores que embasam os argumentos sobre os eixos de Memória, Identidade e Linguagem como instrumentos para a perpetuação do controle social. Como resultados, obtivemos que o discurso recorrente do autor em ambas as obras revela a importância que ele dá à escrita política, em como a sua crítica é necessária para que ele mesmo e outros entendam o cenário em que vivem e possam evitar contribuir para a implantação de um estado totalitário. Como considerações finais, indicamos que, para Orwell, posicionar-se socialmente e politicamente por meio do seu trabalho literário representava um compromisso ético, uma vez que o seu contexto social era repleto de repressão e desigualdade.
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