A Dualidade da Magia
desconstrução e Reconstrução do Arquétipo Feminino na Literatura - Uma Análise Comparativa entre a Bruxa e o Mago
DOI:
https://doi.org/10.61389/revell.v1i39.9076Palavras-chave:
Bruxas, Magos, Arquétipos, Literatura FantásticaResumo
O presente artigo explora a construção histórica e social da imagem depreciativa da bruxa na literatura, contrastando-a com a figura empoderada do mago, particularmente na literatura fantástica. Analisando a interligação entre eventos históricos e a representação dos papéis femininos na esfera social, o estudo examina como a figura da bruxa foi moldada por narrativas que reforçam estereótipos de gênero. A pesquisa também investiga como autores contemporâneos têm desafiado e subvertido esses estereótipos, apresentando a bruxa de forma mais empoderada, complexa e positiva, contribuindo para a transformação de sua imagem no imaginário social. Como exemplo, o estudo foca em duas obras fundamentais da cultura ocidental, O Maravilhoso Mágico de Oz (2019), de L. Frank Baum e O Hobbit (2019), de J.R.R. Tolkien, ambas amplamente adaptadas para outras mídias e influentes na formação cultural. Destaca-se que mitos, símbolos e arquétipos, como a bruxa e o mago, são formas discursivas centrais na interpretação de mensagens atemporais, permitindo múltiplas interpretações e ressonâncias culturais ao longo do tempo. A reinterpretação da figura da bruxa, especialmente em obras literárias de grande circulação, pode desempenhar um papel crucial na redefinição dessa personagem no imaginário coletivo, promovendo uma visão mais positiva e multifacetada
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