Da essência às reticências de Manoel de Barros
um exercício de (re)invenção da realidade que habito
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https://doi.org/10.61389/revell.v2i38.9090Palavras-chave:
Ficção, Realidade, Manoel de BarrosResumo
As reticências, representadas por três pontos consecutivos, podem indicar uma pausa, uma suspensão ou a continuidade de um pensamento. Nesse aspecto, podem ser usadas no início de uma frase para indicar uma ideia que precede ou no final para sinalizar que há um pensamento inacabado. Dessa forma, neste estudo, as reticências operam como ponto de partida para compreender a incompletude da existência. O encontro do poeta Manoel de Barros (2010) com relevantes teóricos como Antonin Artaud (2006), Guy Debord (1997) e Gilles Deleuze (1998) é criado em um espaço de atravessamentos e de lembranças. Partindo da autoetnografia como abordagem metodológica, este estudo é motivado por uma frase de Manoel de Barros que termina com reticências, convidando à reflexão sobre a vida como um rascunho de pássaro. Pretende-se, assim, questionar as fronteiras entre a ficção e a realidade por meio das experiências vividas e (re)inventadas de um sujeito em busca de ser pipa.
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Disponível: https://www.scielo.br/j/icse/a/8S9dbpbvtbgrn34bZFnKZSF/?lang=pt&format=pdf Acessado em 27 fev de 2024.
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