A inespecificidade da palavra-imagem em Leonilson
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Leonilson, Literatura, Artes Visuais, Inespecificidade, Arte ContemporâneaRésumé
A inscrição do Eu na obra de arte contemporânea é uma das ferramentas políticas mais proeminentes em nosso tempo. As marcas da subjetividade se assentam nos produtos estéticos, quebrando-lhes fronteiras de gênero, linguagem e discurso. Ao investigar as manifestações iniciais de tal vinculação autobiográfica e multimidiática da arte brasileira especialmente após o fim do tempo ditatorial, encontramos a produção de Leonilson. Esse artista imiscuiu formas e conteúdos baseando-os na escrita de seu Desejo. Ao construir telas com linguagem verbal tanto quanto com linguagem pictórica, Leonilson elabora a narração e a poesia com bordado, tinta e escultura, performatizando o que não se define plenamente. Apostando, portanto, no inespecífico (GARRAMUÑO, 2014) e expandindo a literatura (PATOS, 2012), o artista nos pergunta dos limites entre os campos artísticos, da relevância da hibridização na cultura e da potência da palavra que é também imagem.
Références
BECK, Ana Lúcia. Palavras fora de lugar: Leonilson e a inserção de palavras nas artes visuais. Porto Alegre: Instituto de Artes / PPGAV, 2004.
CASSUNDÉ, Carlos Eduardo Bitu. LEONILSON: a natureza do sentir. 2011. 165 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Escola de Belas Artes, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2011.
GARRAMUÑO, Florencia Frutos estranhos: sobre a inespecificidade na estética contemporânea. Tradução de Carlos Nougué. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.
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PATO, Ana. Literatura Expandida – arquivo e citação na obra de Dominique Donzalez Foerster. São Paulo: Edições Sesc SP / Associação Cultural Videobrasil, 2012.
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SARTRE, Jean-Paul. O imaginário. Tradução de Duda. Machado. São Paulo: Editora Ática, 1996.
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