Unidade e pluralidade do personagem autoficcional nas obras do escritor belga André Baillon
Visualizações: 66DOI :
https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8250Mots-clés :
autoficção, multiplicidade, unidade, literatura belgaRésumé
Neste artigo, a obra do escritor André Baillon é apresentada sob o signo da autoficção. Primeiramente, a autora mostra esse autor belga ainda desconhecido no Brasil, situando sua publicação no início do século XX e como sua obra se tornou objeto de interesse do meio acadêmico belga, levando à republicação de muitos de seus textos já a partir dos anos 1980. Em seguida, é-nos apresentado o gênero da autoficção, com menção a autores como Serge Doubrovsky, Régine Robin e Patrick Saveau. O caráter ambíguo e múltiplo do gênero é ressaltado, a necessidade de o personagem apresentar o mesmo nome que o autor também é aqui discutida. Por fim, é a própria obra de André Baillon que se desvela diante de nós, exemplificando como o labirinto desses textos traz à tona as questões centrais para o estudo da autoficção: a fragmentação do autor que se espelha na fragmentação do personagem, a multiplicidade de personagens e a retomada das mesmas temáticas e até dos mesmos episódios de um livro a outro como elementos essenciais para testemunhar a unidade na pluralidade desta obra.
Références
BAILLON. Le Neveu de Mademoiselle Autorité. Paris: Rieder, 1930.
BAILLON. En Sabots. Toulouse: L’Ether Vague, 1987.
BAILLON. Par Fil Spécial. Bruxelles: Labor, 1995.
BAILLON. Histoire d’une Marie. Bruxelles: Labor, 1997.
BAILLON. Zonzon Pépette. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1979.
BAILLON. Le Perce-Oreille du Luxembourg. Bruxelles: Labor,1984.
BAILLON. Un Homme si simple. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1985.
BAILLON. Chalet 1. Toulouse: L’Ether Vague, 1989.
BAILLON. Délires. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1981.
BAILLON. Roseau. Paris: Rieder, 1932.
BAILLON. «Traité de Littérature». In: Le Thyrse, XVIII, 1921.
BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.
CUSSET, Catherine. « Je ». In :BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.
DOUBROVSKY. Fils. Paris: Galilée, 1977.
DOUBROVSKY. « Textes en main », Cahiers RITM, n. 6, 1993.
DOUBROVSKY. «L’initiative aux maux: écrire sa psychanalyse», dans Parcours critique, Galilée, 1980.
DOUBROVSKY. « Le dernier moi ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010. pp. 383-393
GNOCCHI, Maria Clara. «Baillon passeur entre France et Belgique». In: Les Nouveaux Cahiers André Baillon, n.2, Publication annuelle de l’association «Présence d’André Baillon», 2004.
HAUZEUR, Geneviève. Les Nouveaux Cahiers André Baillon, n.1, Publication annuelle de l’association «Présence d’André Baillon», 2003.
LECARME, Jacques et LECARME-TABONE, Eliane. L’Autobiographie. Paris: Armand Colin 1997, p. 277.
LEJEUNE, Philippe. Le pacte autobiographique. Paris, Seuil, 1975.
LEJEUNE. «Le pacte autobiographique (bis).» Poétique, 56,1983, pp.416-434.
LEJEUNE. «Nouveau roman et le retour à l'autobiographie» dans M. Contat , L'auteur et le manuscrit. Paris: PUF, 1991
ROBIN, Régine. « Doubles et clones dans mes œuvres de fiction ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010. p. 83-94
SAVEAU, Patrick. « L’autofiction à la Doubrovsky ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS 2024
Ce travail est disponible sous la licence Creative Commons Attribution 4.0 International .
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela REVELL, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à REVELL - Revista de Estudos Literários da UEMS implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).