Conexões entre autor e narrador-protagonista
autoficção em Essa gente, de Chico Buarque de Holanda
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https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8254Palavras-chave:
Essa gente, Chico Buarque, AutoficçãoResumo
O presente artigo propõe uma análise do romance Essa gente (2019), de Chico Buarque de Holanda, visando examinar aspectos da obra que evidenciam intersecções entre a vida do escritor e a história narrada. Parte-se do pressuposto de que o romance, escrito em primeira pessoa pelo protagonista, se situa no limiar entre autobiografia e ficção, no tipo de narrativa conhecido como autoficção, muito difundido atualmente. O hibridismo desse tipo de escrita de si convida o leitor a um constante questionamento sobre o que pertence à vida do autor e o que é construção ficcional. O aporte teórico para a discussão sobre a natureza da narrativa autoficcional será retirado dos estudos de Leyla Perrone-Moisés (2016), Karl Erik Schollhammer (2009), Serge Doubrovsky (2014), Luciene Azevedo (2008), Diana Klinger (2006) e Anna Faedrich (2015). O autor constrói um texto ambíguo e irônico no qual elementos autobiográficos e fictícios se entrelaçam possibilitando uma reflexão profunda sobre conflitos afetivos, declínios sociais, cicatrizes históricas e sobre a turbulenta conjuntura política brasileira de 2016 a 2019.
PALAVRAS-CHAVE: Essa gente; Chico Buarque; autoficção.
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