NÓS NÃO MATAMOS, NÓS CHORAMOS PELO CÃO-TINHOSO: BARREIRAS, ENFRENTAMENTOS E HUMANIZAÇÃO NA MOÇAMBIQUE PÓS-COLONIAL

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Autores

  • Poliana Bernabé Leonardeli Faculdade de Ensino Superior de Linhares (Faceli)

Resumo

À procura de retratar as fraturas impostas a consciências pós-coloniais africanas, o angolano Ondjaki escreveu o conto Nós choramos pelo cão-tinhoso em dialogia a uma narrativa do moçambicano Honwana: Nós matamos o cão-tinhoso, produzido décadas antes. Ambos os enredos são narrados por crianças, suas tramas se complementam e acabam por traçar historicamente as barreiras sociais impostas pela consciência colonial aos moradores daquelas regiões, os enfrentamentos a esse poder constituído e, finalmente, a construção de um novo olhar a partir da reflexão, propiciada, no contexto do texto de Ondjaki, pelo encontro com o texto literário em espaço escolar.

Palavras-chave: Colonialismo; Dialogia; Infância; Consciência

Biografia do Autor

Poliana Bernabé Leonardeli, Faculdade de Ensino Superior de Linhares (Faceli)

Possui graduação em Letras - Inglês  e Mestrado em Estudos Literários pela Universidade Federal do Espírito Santo (2009). Atualmente é professor titular na Faculdade de Ensino Superior de Linhares (Faceli), atuando nos cursos de Pedagogia e Administração nas ementas de Literatura infantojuvenil, Fundamentos teóricos e metodológicos da Língua Portuguesa e Língua Portuguesa. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa

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Publicado

2020-10-13

Como Citar

Leonardeli, P. B. (2020). NÓS NÃO MATAMOS, NÓS CHORAMOS PELO CÃO-TINHOSO: BARREIRAS, ENFRENTAMENTOS E HUMANIZAÇÃO NA MOÇAMBIQUE PÓS-COLONIAL. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 3(5). Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/educacaoculturalinguagem/article/view/4076