A “FASE ACRE” NA ARTE DE GENÉSIO FERNANDES: estereótipo, identidade nacional e discurso

Visualizações: 399

Autores

Palavras-chave:

Arte, Genésio Fernandes, Fase Acre.

Resumo

Ainda acadêmica do curso de Letras da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, conheci José Genésio Fernandes, professor que me marcou mesmo sem ter me dado aulas, mas com quem sempre pude conversar — muitas vezes demoradamente — sobre o ofício de ser professor, sobre discurso, sobre arte, sobre Brasil... Nele encontrei combinadas as qualidades que me permitem dizer, na esteira das palavras de Cora Coralina evocadas acima, ter ganhado saber e sabedoria. Dos diálogos iniciados nos corredores e transportados depois às mesas-redondas, colóquios, palestras,  comunicações, muito do meu percurso acadêmico guarda as marcas da influência desse “mestre humilde”.

Inspirada nessas trocas, apresento neste artigo reflexões suscitadas por uma pesquisa que se ocupou justamente da análise de uma certa representação de Brasil (VILELA-ARDENGHI, 2014) e que é também, em certa medida, fruto desses diálogos travados com Genésio — e com suas obras artísticas, pelas quais nutro grande admiração. Ao longo desse percurso que ora proponho, algumas de suas obras serão também objeto de breves análises.

Biografia do Autor

Ana Carolina Nunes da Cunha Vilela-Ardenghi, UFMT

Possui graduação em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (2004), mestrado em Linguística pela Universidade Federal de Uberlândia (2007) e doutorado em Linguística pela Universidade Estadual de Campinas (2014). É professora na Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Estudos de Linguagem (PPGEL-UFMT). Atualmente, é coordenadora da área de Língua Portuguesa do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) na UFMT. Atua principalmente nas sub-áreas de Análise do Discurso e de Ensino de Língua Portuguesa. É membro do Centro de Pesquisa FEsTA (Fórmulas e Estereótipos: Teoria e Análise), com sede na Unicamp, e do Círculo de Estudos do Discurso (CED), com sede na UFU.

Referências

CHAUÍ, Marilena. Brasil: mito fundador e sociedade autoritária. São Paulo: Ed. Fundação Perseu Abramo, 2006.

HOLANDA, Sérgio B. de. Visão do paraíso: os motivos edênicos no descobrimento e colonização do Brasil [1959]. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

LEITÃO, Débora Krischke. Brasil à moda da casa: imagens da nação na moda brasileira contemporânea. 2007. 370 f. Tese (Doutorado em Antropologia) – Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2007.

MAINGUENEAU, Dominique. O discurso ponográfico. São Paulo: Parábola Editorial, 2010.

PÊCHEUX, Michel. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio [1975]. Campinas, SP: Editora da Unicamp, 1997

VILELA-ARDENGHI, Ana Carolina. “Minha terra tem palmeiras...”: Aspectos discursivos da construção de um espaço “tipicamente” brasileiro. 2014. 245f. Tese (Doutorado em Linguística). Universidade Estadual de Campinas – UNICAMP, Campinas, 2014.

Downloads

Publicado

2021-06-02

Como Citar

da Cunha Vilela-Ardenghi, A. C. N. (2021). A “FASE ACRE” NA ARTE DE GENÉSIO FERNANDES: estereótipo, identidade nacional e discurso. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 5(9), 4–17. Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/educacaoculturalinguagem/article/view/6143