DISTRIBUIÇÃO DE RENDA E DEMOGRAFIA: implicações e evidências empíricas para o Brasi
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A desigualdade econômica pode ver avaliada de diferentes perspectivas, e cada uma
delas proporciona diferentes visões a respeito de sua natureza, causas e consequências. A questão
das mudanças demográficas é, muitas vezes, negligenciada na análise do crescimento do produto
e sua relação com a distribuição de renda, dado que é tomada, frequentemente, como estagnada.
Tendo em vista a importância da estrutura demográfica das sociedades para o desenvolvimento
econômico, este artigo tem por objetivo reunir diferentes visões sobre as associações entre
mudanças da estrutura demográfica, crescimento econômico e distribuição de renda em uma
sociedade, bem como estender algumas dessas aproximações teóricas em uma análise do caso do
Brasil. Verificou-se que, no caso brasileiro, o período de transição demográfica teve início por
volta de 1930 e desde então o país passou por profundas transformações, com sua população
sendo multiplicada por um fator maior do que 5 em menos de 100 anos. As taxas de mortalidade,
fertilidade e natalidade vem caindo sistematicamente ao longo dos anos e apresentaram uma
resposta positiva nos períodos de crescimento econômico. No entanto, o país ainda enfrenta
grandes desafios pela frente no que diz respeito a políticas que tratem do envelhecimento da
população e, principalmente, da concentração de renda que se mostrou estável durante o período
analisado.
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