O ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL E O CONHECIMENTO DA NORMA LEXICAL SUL-MATO-GROSSENSE: OS NOMES PARA BOTECO

Visualizações: 82

Autores/as

  • Daniela de Souza Silva Costa UFMS
  • Felipe Barros Pinto UFMS

Palabras clave:

Norma lexical; Mato Grosso do Sul; Projeto Atlas Linguístico do Brasil; boteco

Resumen

Este trabalho objetiva analisar o vocabulário documentado pelo Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), especificamente as ocorrências em Mato Grosso do Sul das variantes lexicais que nomeiam o referente geralmente conhecido como boteco – QSL 202/ALiB (COMITÊ NACIONAL DO PROJETO ALiB, 2002, p. 37), área semântica Vida urbana, enunciadas por 28 informantes entrevistados pelos pesquisadores do Atlas Linguístico do Brasil (ALiB), habitantes de seis pontos de inquérito sul-mato-grossenses. Tratando-se de pesquisa descritiva com base em dados empíricos, o estudo tem como base teórica a Dialetologia e a Geolinguística (FERREIRA; CARDOSO, 1994; ISQUERDO, 2003), bem como princípios da Sociolinguística (CAMACHO, 2001). Por meio da análise do corpus, os resultados finais obtidos mostraram o registro de 7 variantes lexicais para nomear o boteco, sendo que a de maior incidência foi de boteco/botequinho/botiquim, com 44% das ocorrências, seguida por bar, 30%, e na sequência vem bolicho, com 10% dos registros. A maior variação lexical ocorreu na capital, Campo Grande, com sete variantes, também único ambiente em que se observou o item lexical empório. Nota-se também que boteco/botequinho não aparece como o de maior incidência na capital e em Ponta Porã, locais em que se destaca bar (38% e 50% de produtividade, respectivamente). Já uma menor variação encontra-se na cidade de Paranaíba – com apenas duas unidades léxicas registradas – boteco/botequinho/botiquim e bar. Diante do exposto, pode-se concluir que, com os resultados obtidos e analisados, o estudo apresentado pode contribuir para as pesquisas dialetais, pois, a partir de dados geolinguísticos, analisou os nomes para boteco em Mato Grosso do Sul, ratificando a importância dos estudos lexicais para o conhecimento da norma linguística de uma sociedade e sua intrínseca relação com a história e a cultura.

ABSTRACT: This work aims to analyze the vocabulary documented by the Atlas Linguistic of Brazil Project (ALiB), specifically the occurrences in Mato Grosso do Sul of the lexical variants that name the referent generally known as boteco (bar) - QSL 202 / ALiB (NATIONAL COMMITTEE OF PROJECT ALiB, 2002, p. 37), semantic area Urban life, enunciated by 28 informants interviewed by researchers from the Linguistic Atlas of Brazil (ALiB), inhabitants of six survey points in that state. In the case of descriptive research based on empirical data, the study is theoretically based on Dialectology and Geolinguistics (FERREIRA; CARDOSO, 1994; ISQUERDO, 2003), as well as principles of Sociolinguistics (CAMACHO, 2001). Through the analysis of the corpus, the final results obtained showed the registration of 7 lexical variants to name the bar, with the highest incidence being boteco/botequinho/botiquim, with 44% of occurrences, followed by bar, 30%, and in the sequence comes bolicho, with 10% of the records. The largest lexical variation occurred in the capital, Campo Grande, with seven variants, also the only environment in which the lexical item empório was observed. It should also be noted that boteco/botequinho does not appear as the one with the highest incidence in the capital and in Ponta Porã, places where bar stands out (38% and 50% of productivity, respectively). A smaller variation is found in the city of Paranaíba - with only two lexical units registered - boteco/botequinho/botiquim and bar. Given the above, it can be concluded that, with the results obtained and analyzed, the study presented can contribute to dialect research, since, using geolinguistic data, it analyzed the names for bar in Mato Grosso do Sul, ratifying the importance of lexical studies for the knowledge of the linguistic norm of a society and its intrinsic relationship with history and culture.

KEYWORDS: Lexical norm; Mato Grosso do Sul; Atlas Linguistic of Brazil Project; bar.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Felipe Barros Pinto, UFMS

Pesquisador voluntário de Iniciação Científica. Graduando em Letras - Habilitação em Português/Inglês da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, câmpus de Aquidauana.

Publicado

2020-07-28

Cómo citar

Costa, D. de S. S., & Pinto, F. B. (2020). O ATLAS LINGUÍSTICO DO BRASIL E O CONHECIMENTO DA NORMA LEXICAL SUL-MATO-GROSSENSE: OS NOMES PARA BOTECO. WEB REVISTA SOCIODIALETO, 10(30 SER.2), 1–18. Recuperado a partir de https://periodicosonline.uems.br/index.php/sociodialeto/article/view/8011