O USO DO CLÍTICO ACUSATIVO DE TERCEIRA PESSOA NO FALAR FORTALEZENSE
APAGARAM-NO OU SUBSTITUÍRAM ELE?
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Objeto Direto Anafórico; Português do Brasil; Clítico Acusativo.Resumo
O propósito deste artigo é analisar as formas pelas quais se realiza o objeto direto anafórico, focando no apagamento ou substituição do clítico acusativo no falar fortalezense. A análise quantitativa se baseia em narrativas orais pertencentes ao Corpus NORPOFOR (Norma Oral do Português Popular de Fortaleza), da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Os informantes considerados foram estratificados em função do sexo, da faixa etária e da escolaridade. No sentido do uso real da língua, baseia-se nos princípios teóricos da Sociolinguística Variacionista, desenvolvidos por Labov (1994; 2001; 2006 [1972]) e Weinreich, Labov e Herzog (2006 [1968]). Dessa forma, são levantados condicionamentos linguísticos, sociais e estilísticos que podem influenciar na escolha de diferentes formas para a representação do objeto direto anafórico. Baseando-se nos trabalhos de Duarte (1986), Oliveira (2007), Cyrino (1993); Pagotto (1993); Monteiro (1994); Galves (1996, 2001); Nascimento (2001), dentre outros, foram definidas as variantes, no intuito de fazer inferências sobre a preferência dos falantes a partir das frequências de uso, através dos dados apresentados pelo programa GOLDVARB X (SANKOFF; TAGLIAMONT; SMITH, 2005). Os resultados enfatizam o quase apagamento do clítico acusativo de terceira (0,4%) na língua falada de fortalezenses e sua substituição por um objeto nulo ou categoria vazia (37,7%), um sintagma nominal anafórico (38,2%) e um pronome lexical (23,6%), que são também usados na língua escrita (cf. CORRÊA, 1991; FREIRE, 2005; AVERBUG, 2000; OLIVEIRA, 2007; SOLEDADE, 2010-2011 e ARAÚJO, 2005). Isso constitui-se em um dos fatores que distingue o Português do Brasil das demais línguas românicas e exige uma analise que leve em conta o discurso.
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