A tradução intertextual de Romeu e Julieta em Inocência
Visualizações: 8488Palavras-chave:
Intertextualidade, Literatura Comparada, William Shakespeare, Visconde de Taunay.Resumo
Este trabalho tem como propósito fazer uma análise comparativa da peça Romeu e Julieta, de William Shakespeare, com o romance Inocência, do Visconde de Taunay, em que se preze não apenas a semelhança e diferença, mas também a coexistência de uma perante a outra, denotando um grau de respeito e apropriação, não partilhando do quesito de subserviência. Dentre os objetivos norteadores desse trabalho, elencamos como objetivo geral a comparação entre Romeu e Julieta e Inocência, ao passo que como viés específico, seria o estudo da tradução intertextual feita por Taunay em relação à peça shakespeariana. Como prenúncio do trabalho comparatista, mostra-se que Taunay assimilou a narrativa renascentista e empenhou o que designamos como uma tradução intertextual.
Referências
CALVINO, Ítalo. Por que ler os clássicos. 2ªedição. 4ª reimpressão Tradução de Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.
CARVALHAL, Tânia Franco. Literatura comparada. 4ª. ed. rev. e ampliada. São Paulo: Editora Ática, 2006.
CAVALCANTI, Ariane da Mota. Dom Casmurro em movimento: suas traduções-reescrituras em São Bernardo e O amor de Capitu. 227f. Dissertação (Mestrado em Letras). Centro de Artes e Comunicação, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2009.
ECO, Umberto. Obra aberta: formas e indeterminação nas poéticas contemporâneas. 10 ed. Tradução de Giovanni Cutolo. São Paulo: Editora Perspectiva, 2015.
EVEN-ZOHAR, Itamar. Polysystem Theory. In: EVEN-ZOHAR, Itamar (ed). Polysystem Studies. A special issue of Poetics Today. Durham: Duke University Press, 1990, p. 9-26.
FORTES, Rita Félix. Um diálogo com a tradição nas epígrafes de Inocência. Revista Trama, Cascavel, vol. 1, núm. 2, p. 217-231, 2005.
FREITAS, Luana Ferreira. Intertextualidade e tradução. Fragmentos, Florianópolis, núm. 35, p. 11-20, jul - dez/ 2008.
GREGÓRIO, Paulo Henrique da Silva. Do teatro elisabetano ao sertão do século XIX: a presença de Shakespeare em Inocência. 2012. 120f. Dissertação (Mestrado em Estudos da Linguagem). Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal. 2012.
HUTCHINSON, Ben. Comparative Literature: A Very Short Introduction. Oxford: Oxford University Press, 2018.
KRISTEVA, Julia. Introdução à semanálise. 2 ed. Tradução de Lucia Helena França Ferraz. São Paulo: Perspectiva, 2005.
LUIZ, Tiago Marques. Apontamentos na produção do riso na adaptação de Romeu e Julieta pela Turma da Mônica. 2019. 243f. Tese (Doutorado em Estudos Literários). Instituto de Letras e Linguística, Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2019.
MORINI, Massimiliano. Intertextuality and Early Modern Translation Theory. Renæssanceforum, vol. 14, 2018, p. 79-96.
OLIVEIRA, Solange Ribeiro. Literatura e as outras artes hoje: o texto traduzido. Letras, Santa Maria, n. 34, p. 189-205, jul. 2007.
ROBERTO, Hélio. Inocência e o casamento como contrato. 15 de julho de 2019. Disponível em: < https://www.gospelprime.com.br/inocencia-e-o-casamento-como-contrato/> Acesso em: 05 nov. 2019
SHAKESPEARE, William. Romeu e Julieta. Tradução e Introdução de Bárbara Heliodora. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2016.
STEINER, George. Real Presences. London: Boston, Faber & Faber, 1989
VISCONDE DE TAUNAY. Inocência. 19ª ed. São Paulo: Ática, 1991.
ZHANG, Huanyao; MA, Huijuan. Intertextuality in retranslation. Perspectives: Studies in Translation Theory and Practice, London, vol. 26, núm, 4, p. 1-17, 2018.
ZHAO, Honghui. An Intertextual Approach to Translation at the Micro-Level. Open Journal of Social Sciences, China, vol, 5, p. 119-127, 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS
Declaro que o presente artigo é original e não foi submetido à publicação em qualquer outro periódico nacional ou internacional, quer seja em parte ou na íntegra. Declaro, ainda, que após publicado pela VaLittera, ele jamais será submetido a outro periódico. Também tenho ciência que a submissão dos originais à VaLittera - Revista Literária dos Acadêmicos de Letras implica transferência dos direitos autorais da publicação digital. A não observância desse compromisso submeterá o infrator a sanções e penas previstas na Lei de Proteção de Direitos Autorais (nº 9610, de 19/02/98).