LENGUAS TRANSFRONTERIZAS: EL SILENCIO PROVOCADO POR EL PREJUICIO LINGÜÍSTICO EN UN ESTUDIANTE DE BRASIGUAIO
FALARES TRANSFRONTEIRIÇOS: O SILENCIAMENTO OCASIONADO PELO PRECONCEITO LINGUÍSTICO EM UM ALUNO BRASIGUAIO
DOI:
https://doi.org/10.61389/sociodialeto.v15i43.8188Palabras clave:
Alumnos brasiguaios, Prejuicio lingüístico, EscuelaResumen
En las regiones fronterizas se observa la coexistencia de una infinidad de aspectos sociales, políticos, ideológicos, económicos, culturales y lingüísticos, que no siempre conviven en armonía. En el caso específico de la Triple Frontera entre Brasil, Paraguay y Argentina, esta realidad también se evidencia, sobre todo, en relación con la educación, ya que se observa la presencia de muchos brasiguayos en las escuelas de la ciudad de Foz do Iguaçu (PR), que han sufrido estigmatización lingüística. Ante este escenario, esta investigación buscó responder a la siguiente pregunta: ¿Cuáles son las implicaciones en la vida escolar del estudiante brasiguayo que ingresa en una escuela, en un país diferente al que fue alfabetizado, y se ve expuesto a situaciones en las que se le exige el dominio de una lengua diferente a la que está acostumbrado? El objetivo central fue comprender cómo la vida estudiantil de un alumno brasiguayano se ve afectada por el prejuicio lingüístico y cuáles son las consecuencias de ello. Metodológicamente, se trata de una investigación de naturaleza cualitativa, en la que se emplea el estudio de caso de tipología única. Recurrimos a la entrevista semiestructurada como instrumento de generación de datos, que se realizó con los sujetos participantes en el estudio: un alumno brasiguaio, su madre, su profesora y la coordinadora de la escuela municipal donde estudia. Los resultados revelan que el alumno fue/es silenciado por el prejuicio lingüístico en el contexto escolar, no solo por los alumnos, sino también por los profesores, ya sea por su forma de hablar y escribir o por el estereotipo de que tiene un bajo rendimiento escolar. Además, debido a estas experiencias y a los discursos e ideologías construidos en torno al ser brasiguaio, tiene una autopercepción de inferioridad. Se evidenció, por parte de la escuela, la falta de formación y orientación específicas sobre las particularidades del contexto escolar fronterizo y sobre los enfoques de enseñanza diferenciados e inclusivos que podrían utilizarse
Descargas
Citas
ALBUQUERQUE, L. Fronteiras em movimento: os brasiguaios na região da Tríplice Fronteira. In: MACAGNO, L; MONTENEGRO, S; BÉLIVEAU, G.V. (orgs). A Tríplice Fronteira: espaços nacionais e dinâmicas locais. Curitiba, PR: Ed. UFPR, 2011, p. 233-260.
BAGNO, M. Dramática da Língua Portuguesa: tradição gramatical, mídia exclusão social. São Paulo: Loyola, 2001.
BARONAS, J. A.; COBUCCI, P. A importância da Sociolinguística Educacional na Formação Docente Continuada. In: MOLLICA, M. C.; JUNIOR, C. F. (orgs.). Sociolinguística, sociolinguísticas. São Paulo: Editora Contexto, 2016, p. 177– 183.
BÉLIVEAU, V. G. Representações da integração e seus obstáculos: a fronteira do ponto de vista da política. In: MACAGNO, L.; MONTENEGRO, S.; BÉLIVEAU, V. (orgs.). Tríplice Fronteira: espaços e dinâmicas locais. Curitiba: Editora UFPR, 2011, p. 63-99.
BORTONI-RICARDO, S. M. Nós cheguemu na escola, e agora? sociolinguística & educação. São Paulo: Parábola Editorial, 2015.
BORTONI-RICARDO, S. M. Manual de Sociolinguística. 2. ed. São Paulo: Contexto, 2019.
BUSCH, B. Linguistic repertoire and Spracherleben, the lived expe rience of language. Working Papers in Urban Language & Literacies, [s.l.], n. 148, 2015.
CALVET, L.-J. Sociolinguística: uma introdução crítica. São Paulo: Parábola, 2002.
Campinas, SP: Pontes Editores, 2013.
CANDAU, V. M. Rumo a uma nova didática. São Paulo: Vozes, 2012.
CAVALCANTI, M. C.; MAHER, T. Diferentes diferenças: interculturalidade na sala de aula. Campinas: UNICAMP/MEC, 2009.
COLOGNESE, S. A. Brasiguaios: uma identidade na fronteira Brasil/Paraguai. Tempo da Ciência, [s.l.], v. 19, n. 38, p. 145-157, 2012.
CYRANKA, L. Sociolinguística aplicada à Educação. In: MOLICA, M.C.; JUNIOR, C.F. (orgs.). Sociolinguística, Sociolinguísticas: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2016, p. 167-176.
DUSSEL, E. 1492 o encobrimento do outro: a origem do “mito da modernidade”. Conferências de Frankfurt. Trad. Jaime A Clasen. Petrópolis: Editora Vozes,1993.
ERICKSON, F. Métodos cualitativos de investigación sobre la enseñanza. In: WITTROCK, Me. C. (org.). La investigación de la enseñanza II: métodos cualitativos y de observación. Barcelona: Ediciones Paidós, 1989.
ERICKSON, F.; SHULTZ, J. The Counselor as Gatekeeper: Social interaction in interviews. New York: Academic Press, 1982.
FABRÍCIO, F. B. A “autoridade lusófona” em tempos de globalização: identidade cultural como potencial semiótico. In: MOITA-LOPES, L. P. (org.). Português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola Editorial, 2013, p. 144-168.
FARACO, C. A. Norma culta brasileira: desatando alguns nós. São Paulo: Parábola, 2020.
FIORENTIN, M, I. Imigração “brasiguaia”: cotidiano, sociabilidades e hibridação cultural. Curitiba: Juruá, 2019.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. Tradução: Joice Elias Costa. Porto Alegre/São Paulo: Artmed/Bookman, 2009.
FORIN, J. L. As línguas do mundo. In: FIORIN, J. L. (org). Linguística que é isso? São Paulo: Contexto, 2015, p. 35-50.
FREITAG, R. M. K.; OUSHIRO, L. Sociolinguística no Brasil: deslocamentos e fronteiras. Domínios de Lingu@agem, Uberlândia, v. 13, n. 4, p. 1234-1329, 2019. DOI: https://doi.org/10.14393/DL40-v13n4a2019-1
FREITAS, E. C. C. Diversidade na fronteira: um olhar a partir das formas de acolhimento e avaliação dos alunos estrangeiros nas escolas públicas municipais iguaçuense. 2019. Dissertação (Mestrado em Políticas Públicas e Desenvolvimento) – Universidade Federal da Integração Latino-Americana, Foz do Iguaçu, 2019.
GASPARIN, M. S.; SILVA, I. da. O processo de escolarização de “brasiguaios” no panorama fronteiriço e a representação de suas identidades. In: COLÓQUIO DE ESTUDOS LINGUÍSTICOS E LITERÁRIOS, 3, Maringá, 2014. Anais... Maringá: UEM, 2014.
HALL, S. A identidade cultural na pós-modernidade. Tradução: Tomaz Tadeu da Silva & Guaciara Lopes Louro. Rio de Janeiro: Lamparina, 2014.
LADSON-BILLINGS, G. The dreamkeepers: Successful teachers for African-American children. San Francisco: Jossey-Bass, 2022.
LAGARES, X. C. Ensino de espanhol no Brasil: uma (complexa) questão de política linguística. In: NICHOLAIDES, C. et al. (orgs). Política e Políticas Linguísticas. Campinas, SP: Pontes Editores, 2013, p. 181-198.
MAHER, T. M. A Educação do Entorno para a Interculturalidade e o Plurilinguismo. In: KLEIMAN, A. B.; CAVALCANTI, M. C. (orgs.). Linguística Aplicada: faces e interfaces. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2007, p. 255-270.
MARIANI, B. Entre a evidência e o absurdo: sobre o preconceito linguístico. Cadernos de Letras da UFF, Rio de Janeiro, nº 36, p. 27-44, 1º sem. 2008.
MEIRINHOS, M.; OSÓRIO, A. The case study as research strategy in education. EduSer: Revista de educação, v. 2, n. 2, p. 49-65, 2010.
MILROY, J. Ideologias linguísticas e as consequências da padronização. In: LAGARES, X. C.; BAGNO, M. (orgs.). Políticas da norma e conflitos linguísticos. Tradução de Marcos Bagno. São Paulo: Parábola Editorial, 2011, p. 49-87.
MINAYO, M. C. S. Pesquisa Social: Teoria, método e criatividade. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.
MOITA LOPES, L. P. Como e por que teorizar o Português: recurso comunicativo em sociedades porosas e em tempos híbridos de globalização cultural. In: MOITA-LOPES, L. P. (org.). Português no século XXI: cenário geopolítico e sociolinguístico. São Paulo: Parábola Editorial, 2013, p. 101-119.
MOSSMANN, G; TRISTONI, R, H. Conflitos Identitários. Revista Ícone, [s.l.], v. 9, n. 1, p. 70-82, 2012.
PIRES-SANTOS, M. E. Fatores de risco para o sucesso escolar de crianças “brasiguaias” nas escolas de Foz do Iguaçu: uma abordagem Sociolinguística. 1999. Dissertação (Mestrado em Linguística) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 1999.
PIRES-SANTOS, M. E. Cenário Multilíngue/Multidialetal/Multicultural de Fronteira e o Processo Identitário "Brasiguaio" na Escola e no Entorno Social. 2004. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2004.
PIRES-SANTOS, M. E. “Portunhol Selvagem”: translinguagens em cenário translíngue/transcultural de fronteira. Gragoatá, Niterói, v.22, n. 42, p. 523-539, jan.-abr. 2017. DOI: https://doi.org/10.22409/gragoata.v22i42.33483
PIRES-SANTOS, M. E.; CAVALCANTI, M. do C. Identidades híbridas, língua(gens) provisórias – alunos “brasiguaios” em foco. Revista Trabalhos em Linguística Aplicada, Campinas, v. 47, n. 2, p. 429-446, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-18132008000200010
PIRES-SANTOS, M. H. et al. O poder da nominação em cenários transfronteiriços: entre representações e performatização de identidades. Revista Caribeña de Ciencias Sociales, [s.l.], p. 1-25, out. 2020.
RAJAGOPALAN, K. Por uma linguística crítica: linguagem, identidade e a questão ética. São Paulo: Parábola, 2016.
SETTON, D. Discursos e construção social do espaço; o caso da Tríplice Fronteira. In: MACAGNO, L.; MONTENEGRO, S.; BÉLIVEAU, G.V. (orgs.). A Tríplice Fronteira: espaços nacionais e dinâmicas locais/. Curitiba, PR: Ed. UFPR, 2011, p. 103- 126.
SOARES, M. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 18. ed. São Paulo: Contexto, 2020.
YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2015.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
A submissão de trabalho(s) científico(s) original(is) pelos autores, na qualidade de titulares do direito de autor do(s) texto(s) enviado(s) ao periódico, nos termos da Lei 9.610/98, implica na cessão de direitos autorais de publicação impressa e/ou digital à Web-Revista Sociodialeto do Núcleo de Pesquisa e Estudos Sociolinguísticos e Dialetológicos da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (NUPESD-UEMS), do(s) artigo(s) aprovado(s) para fins da publicação, em um único número da Web-Revista, autorizando-se, ainda, que o(s) trabalho(s) científico(s) aprovado(s) seja(m) divulgado(s) gratuitamente, sem qualquer tipo de ressarcimento a título de direitos autorais, por meio do site da Web-Revista, para fins de leitura, impressão e/ou download do arquivo do texto, a partir da data de aceitação para fins de publicação. Portanto, os autores ao procederem a submissão do(s) artigo(s) à Web-Revista, e, por conseguinte, a cessão gratuita dos direitos autorais relacionados ao trabalho científico enviado, têm plena ciência de que não serão remunerados pela publicação do(s) artigo(s) no periódico.
Autores que publicam na Web-Revista Sociodialeto concordam com os seguintes termos:
a) Autores mantém os direitos autorais e concedem à Web-Revista o direito de primeira publicação realizada por meio de Open Journal Systems (OJS 3.0.2.0), sistema de código livre gratuito para a administração e a publicação de revistas, desenvolvido com suporte e distribuição pelo Public Knowledge Project sob a licença GNU General Public License.
b) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (por exemplo: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c) Autores têm permissão para publicar e distribuir seu trabalho online (por exemplo: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) após a publicação inicial nesta revista, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Foram feitos todos os esforços para identificar e creditar os detentores de direitos sobre as imagens publicadas. Se tem direitos sobre alguma destas imagens e não foi corretamente identificado, por favor, entre em contato com a Web-Revista Sociodialeto e publicaremos a correção num dos próximos números.
Juntamente com o e-mail de aceite (para casos de aprovação) será encaminhado modelo da Carta de Cessão de Direitos Autorais que deverá conter o nome completo dos autores, bem como dados de documentos pessoais e assinada por todos os autores e coautores envolvidos no trabalho. A Cessão de Direitos Autorais é uma condição para a publicação.
Os autores declaram expressamente concordar com os termos da presente Declaração de Direito Autoral, que se aplicará a submissão caso seja publicada por esta Web-Revista.
Declaração de Direito Autoral
Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution CC-BY-NC que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista. A revista se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com o intuito de manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores; As opiniões emitidas pelos autores são de sua exclusiva responsabilidade. Juntamente com o e-mail de aceite (para casos de aprovação) será encaminhado modelo da Carta de Direitos Autorais que deverá conter o nome completo dos autores, bem como dados de documentos pessoais e assinada por todos os autores e coautores envolvidos no trabalho.