Antígona e a estética da recepção em sala de aula
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Antígona, Estética da Recepção, Educação, Valores humanos.Resumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a importância do estudo de textos clássicos, particularmente a tragédia Antígona, em sala de aula. O trabalho parte dos pressupostos teóricos defendidos por Hans Robert Jauss, precursor da Estética da Recepção. O conceito de horizonte de expectativa, um dos postulados básicos da teoria de jaussureana, é responsável pela reação do leitor à obra, pois se encontra na consciência individual como um saber construído socialmente e de acordo com o código de uma época. Ancorado em tais pressupostos, este artigo analisa a importância do estudo dessa tragédia grega em sala de aula, pois essa forma dramática fornece subsídios valorosos para o professor trabalhar questões profundamente humanas e universais: poder, resistência, desejo, audácia, justiça, amor, destino, entre outras. Antígona expõe o confronto entre dois conceitos de Justiça, dois sistemas de valores. A jovem princesa se rebela contra a lei do Estado e presta honras fúnebres a seu irmão Polinices, alegando que sobre a lei da pólis prevaleceriam leis imemoriais. Assim, o estudo do texto clássico pode auxiliar o aluno a refletir acerca de inúmeros temas, constituir-se como sujeito autônomo e posicionar-se frente às determinações éticas, morais e sociais inerentes a existência humana, tornando-se, de fato, consciente de seu papel enquanto sujeito histórico, visto que se emancipa por meio de uma nova percepção da realidade, por meio, enfim, da criação de novos horizontes de expectativa.Downloads
Publicado
06-09-2017
Como Citar
Rodrigues, G. R., & Sparemberger, A. (2017). Antígona e a estética da recepção em sala de aula. WEB REVISTA LINGUAGEM, EDUCAÇÃO E MEMÓRIA, 3(3), 07–22. Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/WRLEM/article/view/2082
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Artigo original