PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE JURUBEBA DE TRÊS REGIÕES DO CERRADO

Visualizações: 1364

Authors

  • Luiz Fernandes Cardoso Campos Universidade Federal de Goiás
  • Joicy Vitória Miranda Peixoto Universidade Federal de Goiás
  • Renata Maria de Oliveira Universidade Federal de Goiás
  • Alexsander Seleguini
  • Abadia dos Reis Nascimento

DOI:

https://doi.org/10.32404/rean.v2i4.740

Abstract

A jurubeba é uma espécie solanácea amplamente difundida em toda a América Tropical, sendo nativa nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil. Os seus frutos são utilizados na culinária, na medicina popular para o tratamento de fígado e disfunções gástricas. A planta apresenta potencial de controle biológico contra fitopatógenos e pragas de relevância agronômica. Diante dos seus benefícios e devido à escassez de estudos relacionado a esta, objetivou-se com este trabalho caracterizar os parâmetros físicos e químicos de frutos de jurubeba, colhidos em diferentes regiões do Cerrado; em Goiânia, Itapuranga no Estado de Goiás e Araguari em Minas Gerais. Analisou-se a massa, diâmetro longitudinal (DL), diâmetro transversal (DT), relação DL/DT, pH, sólidos solúveis, acidez titulável e número de sementes por fruto. Para as sementes foi determinado a massa de mil sementes e o teor de umidade. A caracterização dos frutos de jurubeba permitiu concluir que estes apresentam formato globoso, com número médio de sementes entre 140 a 403 e massa média de 0,67 a 1,87 g. Existe correlação entre o número de sementes por fruto e o seu tamanho. Os frutos de jurubeba são de baixa acidez e elevado teor de sólidos solúveis.

References

(1) AGRA, M. F.; BARACHO, G. S.; NURIT-SILVA, K.; BASILIO, I. J. L. D; COELHO, V. P. M. Medicinal and poisonous diversity of the flora of ‘‘Cariri Paraibano’’, Brazil. Journal of Ethnopharmacology. Laussane, v. 111, n. 2, p. 383-395, 2007.

(2) AGRA, M. F.; NURIT-SILVA, K.; BERGER, L. R. Flora da Paraíba, Brasil: Solanum L. (Solanaceae). Acta Botânica Brasílica, São Paulo-SP, v. 23, n. 3, p. 826-842, 2009.

(3) ALEXANDRE, H. V.; FIGUEIRÊDO, R. M. F.; QUEIROZ, A. J. M.; OLIVEIRA, E. N. A. Armazenamento de pitanga em pó. Comunicata Scientiae, Campina Grande-PB, v. 5, n. 1, p. 83-91, 2014.

(4) ANTHON, G. E.; BARRETT, D. M. Pectin methylesterase activity and other factors affecting pH and titratable acidity in processing tomatoes. Food Chemistry, Barking, v. 132, n. 2, p. 915-920, 2012.

(5) AOAC. ASSOCIATION OF OFFICIAL ANALYTICAL CHEMISTS. Official methods of analysis of Association of Official Analytical Chemists. Gaithersburg: AOAC, 2010.

(6) ATHIÊ, S.; DIAS, M. M. Frugivoria por aves em um mosaico de Floresta Estacional Semidecidual e reflorestamento misto em Rio Claro, São Paulo, Brasil. Acta Botânica Brasilica, São Carlos-SP, v. 26, n. 1, p. 84-93, 2012..

(7) BRASIL. MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Regras para análise de sementes. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuária, Brasília-DF: MAPA/ACS, 2009. 395p.

(8) BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Alimentos regionais brasileiros. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. 2. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2015. 484 p.

(9) CAUSSE, M.; BURET, M.; ROBINI, K.; VERSCHAVE, P. Inheritance of nutritional and sensory quality traits in fresh market tomato and relation to consumer preferences. Journal of food science, Champaign, v. 68, n. 7, p. 2342-2350, 2003.

(10) CHITARRA, A. B.; ALVES, R. E. Tecnologia de pós-colheita para frutos tropicais. Fortaleza-CE: FRUTAL - SINDIFRUTA, 2001. v. 1, 314 p.

CHITARRA, M. I. F.; CHITARRA, A. B. Pós-colheita de frutas e hortaliças: fisiologia e manuseio. Lavras: FAEPE, 2005. 2° ed. 783p.

(11) GARCIA, J.; JACOBSON, T. K. B.; FARIAS, J. G.; BOAVENTURA, R. F. Effectiveness of methods to increase the germination rate of jurubeba (Solanum paniculatum L.) seeds. Pesquisa Agropecuária Tropical, Goiânia-GO, v. 38, n. 3, p. 223-226, 2008.

(12) GOTO R.; SANTOS H. S.; CAÑIZARES, K. A. L. Enxertia em hortaliças. Botucatu-SP: Editora UNESP. 2003. p. 86.

(13) HIGUTI, A. R. O.; GODOY, A. R.; SALATA, A. C.; CARDOSO. A. I. I. Produção de tomate em função da “vibração” das plantas. Bragantia, Campinas-SP, v. 69, n. 1, p. 87-92, 2010.

(14) JACOMINO, A. P.; ARRUDA, M. C.; BRON, I. U.; KLUGE, R. A. Transformações bioquímicas em produtos hortícolas após a colheita. In: KOBLITZ, M. G. B. (Ed.). Bioquímica de alimentos: Teoria e aplicações práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2015, cap. 6, p. 153-189.

(15) LIMA, E. D. P. A.; LIMA, C. A. A.; ALDRIGUE, M. L.; GONDIM, P. J. S. Caracterização química e física dos frutos da umbu-cajazeira (Spondias spp) em cinco estádios de maturação, da polpa congelada e néctar. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal-SP, v. 24, n. 2, p. 338-343, 2002.

(16) LÔBO, K. M. S.; ATHAYDE, A. C. R; SILVA, A. M. A.; RODRIGUES, F. F. G.; LÔBO, I. S.; BEZERRA, D. A. C.; COSTA, J. G. M. Avaliação da atividade antibacteriana e prospecção fitoquímica de Solanum paniculatum L am. e Operculina hamiltonii (G. Don) D. F. Austin & Staples, do semi-árido paraibano. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, Botucatu-SP, v. 12, n. 2, p. 227-235, 2010.

(17) LOPES, C. A. Murcha Bacteriana ou Murchadeira – Uma Inimiga do Tomateiro em Climas Quentes. Brasília-DF: Embrapa Hortaliças, 2009. 8 p. (Comunicado Técnico, 67)

(18) LORENZI, H.; MATOS, F. J. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. São Paulo-SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora Ltda, 2002. 544p.

(19) MAIA-SILVA, C.; SILVA, C. I.; HRNCIR, M.; QUEIROZ, R. T.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L. Guia de plantas visitadas por abelhas na Caatinga, 1 ed., Fortaleza-CE; Ed. Fundação Brasil Cidadão, 2012. 99p.

(20) MARQUES, R. S.; JASCONE, J. R. M.; SILVA, C. E. A família solanaceae no Parque Natural Municipal da Taquara, Duque de Caxias, RJ, Brasil. Saúde & Ambiente, Duque de Caxias-RJ, v. 7, n. 1, p. 19-23, 2012.

(21) MESIA-VELA, S.; SANTOS, M. T.; SOUCCAR, C.; LIMA-LANDMAN, M. T. R.; LAPA, A. J. Solanum Paniculatum L. (Jurubeba): potente inhibitor of gastric acid secretion in mice. Phytomedicine, Munique, v. 9, n. 6, p. 508-514, 2002.

(22) MIRANDA, M. A.; TIOSSIA, R. F. J.; SILVA, M. R., RODRIGUES, K. C.; KUEHNA, C. C.; OLIVEIRA, L. G. R. In vitro leishmanicidal and cytotoxic activities of the glycoalkaloids from Solanum lycocarpum (Solanaceae) fruits. Chemistry & Biodiversity, Zürich, v. 10, n. 4, p. 642–648, 2013.

(23) MORAES, A. O.; MELO, E.; AGRA, M. F.; FRANÇA, F. A família Solanaceae nos “Inselbergues” do semi-árido da Bahia, Brasil. Iheringia, Série Botânica, Porto Alegre-RS, v. 64, n. 2, p. 109-122, 2009.

(24) MORZELLE, M. C.; BACHIEGA, P.; SOUZA, E. C.; BOAS, E. V. B. V.; LAMOUNIER, M. L. Caracterização química e física de frutos de curriola, gabiroba e murici provenientes do cerrado brasileiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal-SP, v. 37, n. 1, p. 96-103, 2015.

(25) NUNES-SILVA, P.; HNRCIR, M.; SHIPP, L.; IMPERATRIZ-FONSECA, V. L.; KEVAN, P. G. The behaviour of bombus impatiens (apidae, bombini) on tomato (lycopersicon esculentum mill., solanaceae) flowers: pollination and reward perception. Journal of Pollination Ecology, Cambridge, v. 11, n. 5, p. 33-40, 2013.

(26) OPARA, U. L.; AL-ANI, M. R.; AL-RAHBI, N. M. Effect of fruit ripening stage on physico-chemical properties, nutritional composition and antioxidant components of tomato (Lycopersicum esculentum) cultivars. Food and Bioprocess Technology, New York, v. 5, n. 8, p. 3236-3243, 2012.

(27) PEREIRA, F. E. C. B.; TORRES, S. B.; SILVA, M. I. L.; GRANGEIRO, L. C.; BENEDITO, C. P. Qualidade fisiológica de sementes de pimenta em função da idade e do tempo de repouso pós-colheita dos frutos. Revista Ciência Agronômica, Ceará-PE, v. 45, n. 4, p. 737-744, 2014.

(28) SANTOS, H.S.; GOTO, R. Enxertia em plantas de pimentão no controle da murcha de fitóftora em ambiente protegido. Horticultura Brasileira, Brasília-DF, v. 22, n. 1, p. 45-49, 2004.

(29) SANTOS, S. P. A. Jurubeba: importância e sua utilidade. Tecnologias Sociais, Recife-PE, v.1, ed. 1, 2013.

(30) SILVA, F. H. L.; FERNANDES, J. S. C.; ESTEVES, E. A.; TITON, M.; SANTANA, R. C. Populações, matrizes e idade da planta na expressão de variáveis físicas em frutos do pequizeiro. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal-SP, v. 34, n. 3, p. 806-813, 2012.

(31) RODRIGUES, F. A.; PENONI, E. S.; SOARES, J. D. R.; SILVA, R. A. L.; PASQUAL, M. Caracterização física, química e físico-química de physalis cultivada em casa de vegetação. Ciência Rural, Santa-Maria-RS, v. 44, n. 8, p. 1411-1414, 2014.

(32) SIQUEIRA, E. M. A.; ROSA, F. R.; FUSTINONI, A. M.; SANT’NA, P.; ARRUDA, S. F. Brazilian savanna fruits contain higher bioactive compounds content and higher antioxidant activity relative to the conventional red delicious Apple. Public Library of Science, China, v. 8, n. 8, p. 1-7, 2013.

(33) SOARES, B. B.; RANGEL, R. Aspectos industriais da cultura. In: CLEMENTE, F. M. V. T.; BOITEUX, L. S. (Eds.) Produção de tomate para processamento industrial. 1. ed. Brasília: Embrapa, 2012. v. 1, cap. 15, p. 331-344.

(34) TAIZ, L.; ZEIGER, E. Fisiologia vegetal. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2011. 690 p.

(35) VIEIRA JÚNIOR, G. M.; ROCHA, C. Q.; RODRIGUES, T. S.; HIRUMA-LIMA, C. A.; VILEGAS, W. New steroidal saponins and antiulcer activity from Solanum paniculatum L. Food Chemistry, London, v. 186, n. 1, p. 160-167, 2015.

(36) WELBAUM, G. E.; BRADFORD, K. J. Water relations of seeds development and germination in muskmelon (Cucumis melo L.). Water relations of seeds and fruit development. Plant Physiology, v. 92, n. 4, p. 406-411, 1990

Published

2015-12-21

How to Cite

Campos, L. F. C., Peixoto, J. V. M., Oliveira, R. M. de, Seleguini, A., & Nascimento, A. dos R. (2015). PROPRIEDADES FÍSICO-QUÍMICAS DE FRUTOS DE JURUBEBA DE TRÊS REGIÕES DO CERRADO. REVISTA DE AGRICULTURA NEOTROPICAL, 2(4), 48–54. https://doi.org/10.32404/rean.v2i4.740

Most read articles by the same author(s)

1 2 > >>