ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DE UMA ÁREA DE CERRADO NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPEVA, SÃO PAULO, BRASIL

Visualizações: 871

Autores

  • Celso Augusto Garcia
  • Arnaldo Gonçalves dos Santos
  • Sybelle Barreira

DOI:

https://doi.org/10.32404/rean.v2i2.261

Resumo

A Estação Ecológica de Itapeva, SP é uma unidade de conservação administrada pelo Instituto Florestal do Estado de São Paulo e está instalada em uma área de 106,77 hectares. Com o objetivo fornecer subsídios para futuros projetos de manejo do local, bem como conhecer a estrutura da vegetação, foram calculados alguns parâmetros fitossociológicos, utilizando-se a metodologia de pontos quadrantes. Foram amostrados 800 indivíduos, pertencentes a 18 famílias botânicas totalizando 30 espécies. A distância média geral de ponto-planta foi de 1,81 m fornecendo uma área média geral de 3,85 m², sendo a densidade total por área de 2.870 árvores/ha. A família Fabaceae teve o maior número de espécies amostradas (cinco espécies) seguida por Lauraceae (três), Melastomataceae (duas), Araliaceae (duas) e Erythroxylaceae (duas). As espécies listadas são comuns no cerrado do estado de São Paulo, no entanto não são exclusivas, sendo ocorrentes também em formações paludículas e floresta ombrófila mista. Os resultados apontam para uma área perturbada, com a descaracterização do cerrado original e invasão de outras espécies, apontando para a necessidade urgente de um estudo mais aprofundado que permita desenvolver estratégias de recuperação e preservação da área.

Referências

(1) ALMEIDA, R. F.; FAGG, C. W.; OLIVEIRA, M. C.; MUNHOZ, C. B. R.; LIMA, A. S.; OLIVEIRA, L. S. B. Mudanças florísticas e estruturais no cerrado sensu stricto ao longo de 27 anos (1985-2012) na Fazenda Água Limpa, Brasília, DF. Rodriguésia, Rio de Janeiro – RJ, v. 1, n. 65, p.001-019. 2014.

(2) ALMEIDA, R.S., SOUZA, S.C.P.M., BAITELLO, J.B., PASTORE, J.A., AGUIAR, O.T., KANASHIRO, M.M., MATTOS, I.F.A., LIMA, C.R.; CIELO-FILHO, R. Campo sujo úmido: Fisionomia de cerrado ameaçada pela contaminação biológica de Pinus elliottii Engelm. na Estação Ecológica de Itapeva, Estado de São Paulo. Revista do Instituto Florestal, v. 22, n. 1, p. 71-91, 2010.

(3) APG. ANGIOSPERM PHYLOGENY GROUP. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 161, p.105-121, 2009.

(4) ASSUNÇÃO, S. L.; FELFILI, J. M. Fitossociologia de um fragmento de cerrado sensu stricto na APA do Paranoá, DF. Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte-MG, v. 18, n. 4, p. 903-909, 2004.

(5) BROWER, J. E.; ZAR, J. H. Field and laboratory methods for general ecology. Duduque: WMC Brown, 1997, 194p.

(6) CIELO-FILHO, R.; AGUIAR, O. T.; BAITELLO, J. B.; PASTORE, J. A.; TONIATO, M. T. Z.; SOUZA, S. C. P. M.; LIMA, C. R.; ALMEIDA, R. S.; COSTA, N. O. Aspectos Florísticos da Estação Ecológica de Itapeva, SP: uma Unidade de Conservação no Limite Meridional do Bioma Cerrado. Biota Neotropical, Campinas-SP, v. 12, n. 2, p, 147-166, 2012.

(7) DURIGAN, G.; NISHIKAWA, D. L. L.; ROCHA, E.; SILVEIRA, E. R.; PULITANO, F. M.; REGALADO, L. B.; CARVALHAES, M. A.; PARANAGUÁ, P. A.; RANIERI, V. E. L. Caracterização de dois estratos da vegetação em uma área de cerrado no município de Brotas, SP, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte-MG, v. 16, n. 3, p. 251-262, 2002.

(8) DURIGAN, G.; SIQUEIRA, M.F.; FRANCO, G.A.D.C.; BRIDGEWATER, S.; RATTER, J.A. The vegetation of priority areas for cerrado conservation in São Paulo State, Brazil. Edinburgh Journal of Botany, v. 60, n. 2, p. 217-241, 2003.

(9) FELFILI, J. M.; SILVA JUNIOR, M. C.; REZENDE, A . V.; NOGUEIRA, P.E.; WALTER, B. M. T., SILVA, M. A . & ENCINAS, J. I. Comparação Florística e Fitossociológica do Cerrado nas Chapadas Pratinha e dos Veadeiros. 1997, p. 6-11. In: LEITE, L. & SAITO, C. H.(ed.). Contribuição ao conhecimento Ecológico do cerrado. Brasília-DF: Ed. Universidade de Brasília, 1997.

(10) FIDELIS, A.T.; GODOY, S.A.P. Estrutura de um cerrado stricto sensu na gleba cerrado Pé de Gigante, Santa Rita do Passa Quatro, SP. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte–MG, v.17, n. 4, p. 532-539, 2003.

(11) FLORA DO BRASIL. Lista de espécies da flora do Brasil. 2014. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/listaBrasil/PrincipalUC/PrincipalUC.do;jsessionid=CDE7CBDBEE2C9FC71AE2CBD8FFE4DD10. Acesso em: 01 de maio de 2015.

(12) KREBS, C. J. Ecological methodology. 2 ed. Menlo Park: Addison Wesley Longman, 1999. 620 p.

(13) MAGURRAN, A, E. Ecological Diversity and Its Measurement . London: Croom Helm. [A general book on ecological diversity. Models (for the distribution of species)], 1988.

(14) MULLER-DOMBOIS, D.; ELLENBERG, H. Aims and methods of vegetation ecology. New York: Wiley, 1974. 546 p.

(15) NOVAIS, P.S., ROSSI, M., MATTOS, I.F.A.; KANASHIRO, M.M. Os solos da Estação Ecológica de Itapeva: caracterização e mapeamento. IF Série Registros, São Paulo–SP, n. 40, p. 217-222, 2009.

(16) PAULA, A.; MARTINS, F. Q.; BATALHA, M. A. P.L.; RODRIGUES, R.; MANHÃES, M. A. Riqueza, diversidade e composição florística em áreas de cerrado em regeneração e preservado na estação ecológica de Itirapina – SP. Ciência Florestal, Santa Maria-RS, v. 25, n. 1, p. 231-238, jan-mar., 2015

(17) REYS, P.; CAMARGO, M. G. G. C.; GROMBONE-GUARATINI, M. T. TEIXEIRA, A. P.; ASSIS, M. A.; MORELLATO, L. P. C. Estrutura e composição florística de um Cerrado sensu stricto e sua importância para propostas de restauração ecológica. Hoehnea, São Paulo – SP, v. 3, n. 40, p. 449-464, 2013.

(18) RIBEIRO, J.F.; WALTER, B.M.T. Fitofisionomias do bioma Cerrado. In: SANO, S.M.; ALMEIDA, S.P. (Eds.). Cerrado: ambiente e flora. Planaltina: EMBRAPA, 1998. p. 89-166.

(19) ROCHA, E.; REYS, P.; SILVA, P. O.; SOARES, M. P. Florística e fitossociologia em um fragmento de cerrado no sudoeste de goiás. Global Science and Technology, Rio Verde-GO, v. 07, n. 03, p.110 – 118, set/dez. 2014.

(20) SANQUETTA, C.R; PIZATOO, W.; NETTO, S.P.; FIGUEIREDO FILHO, A.; EISFELD, R.L. Estrutura vertical de um fragmento de floresta ombrófila mista no centro sul do Paraná. Revista Floresta, Curitiba–PR, v. 32, n. 2, p. 267-276, 2002.

(21) SÃO PAULO (Estado). Atlas das unidades de conservação ambiental do Estado de São Paulo, parte II: interior, Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo. São Paulo-SP: Metalivros, 1998. 30 p.

(22) SAPORETTI JUNIOR. A. W.; MEIRA NETO. J. A. A; ALMADO. R P. Fitossociologia de Cerrado sensu stricto no Município de Abaete-MG. Revista Árvore, Viçosa - MG v. 27, n. 3, p.413-419. 2003.

(23) SOARES. M. P; SANTOS. T. M; DOURADO. D. M; SILVA. P. O. DA; SÁ. J. L DE. Análise fitossociológica do componente arbóreo de um remanescente de cerradão em Rio Verde-Goiás. Global Science and Tecnology. Rio Verde-GO, v. 05, n. 03, p. 87-97, 2012.

(24) SOUZA, F, N,; SCOLFORO, J. R.; SANTOS, R. M.; SILVA, C. P. C. Management systems in an area of cerrado sensu strict. Cerne, Lavras-MG, v. 17, n. 1, p. 85-93, jan./mar. 2011

(25) SPIEGEL, M. R. Estatística. São Paulo: McGraw-Hill, 1976. 357 p

TONIATO, M.T.Z., LEITÃO FILHO, H.F.; RODRIGUES, R.R. Fitossociologia de um remanescente de floresta higrófila (mata de brejo) em Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo-SP, v. 21, n.2, p.197-210, 1998.

(26) TORRES, R.B., MATTHES, L.A.F.; RODRIGUES, R.R. Florística e estrutura do componente arbóreo de uma mata de brejo em Campinas, SP. Revista Brasileira de Botânica, São Paulo–SP, v. 17, n. 2, p.189-194, 1994

Downloads

Publicado

2015-07-07

Como Citar

Garcia, C. A., dos Santos, A. G., & Barreira, S. (2015). ESTRUTURA FITOSSOCIOLÓGICA DE UMA ÁREA DE CERRADO NA ESTAÇÃO ECOLÓGICA DE ITAPEVA, SÃO PAULO, BRASIL. Revista De Agricultura Neotropical, 2(2), 77–85. https://doi.org/10.32404/rean.v2i2.261