A VARIAÇÃO DO PORTUGUÊS BRASILEIRO POR FALANTES INDÍGENAS TAPAYUNA: PRIMEIRAS REFLEXÕES
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Sociolinguística variacionista;, Línguas em contato, Indígenas TapayunaResumo
A presente pesquisa possui caráter qualitativo e é resultante de um estudo realizado no programa de Pós-graduação em Letras, da Universidade do Estado de Mato Grosso (UNEMAT), em Sinop, Mato Grosso. Os sujeitos da pesquisa são indígenas da etnia Tapayuna, moradores na aldeia Kawêretxikô (Terra Indígena Capoto-Jarina – Mato Grosso), localizada no Parque Indígena do Xingu. O povo Tapayuna possui sua língua pertence à família Jê, do tronco linguístico Macro Jê. A metodologia aplica a análise qualitativa-interpretativista com base na autora Stella Maris Bortoni-Ricardo (2008). Utilizou-se a entrevista semiestruturada como técnica de coleta de dados somada à observação participante, conforme Antônio Chizzotti (1991). O corpus deste trabalho apresenta dois depoimentos, cujo objetivo central é a observação e análise dos fenômenos linguísticos oriundos das vivências desse povo em ambientes de línguas em contato, perpassando pela história no território original, deslocamentos e permanência no Parque Indígena do Xingu. A problemática infere na questão de como os aspectos sociolinguísticos influenciaram/influenciam no desenvolvimento da competência comunicativa dos Tapayuna com falantes indígenas de outras etnias, assim como, no contato com o não-indígena falante da língua portuguesa brasileira. Os excertos foram analisados à luz das teorias abordadas por Dante Lucchesi (2017) e Barcelos (2007). Dessa forma, compreende-se esta pesquisa como uma experiência inicial de análise com falantes indígenas Tapayuna, cujos conceitos explorados sugerem não só alguns caminhos pelo olhar da Sociolinguística, da subárea da Sociolinguística Variacionista como também contribuem com reflexões necessárias às políticas linguísticas para os povos indígenas em todo o país, os quais necessitam urgentemente de apoio de linguistas de campo, trazendo esse contexto sociolinguístico rico para o campo das pesquisas científicas e à visibilidade social, a fim de romper as barreiras linguísticas de poder historicamente impostas, assim como do silenciamento de muitas vozes indígenas.
ABSTRACT: The present research is qualitative and is the result of a study carried out in a Postgraduate Program in Languagens by University of the State of Mato Grosso (UNEMAT), in Sinop, Mato Grosso. The subjects of the research are indigenous of the Tapayuna ethnic group, inhabitants in the village Kawêretxikô (Indigenous Land Capoto-Jarina - Mato Grosso), located in the Xingu Indigenous Park. The Tapayuna people have their own language belonging to the Jê family, from the Macro Jê linguistic trunk. The methodology applies the qualitative-interpretative analysis based on the author Stella Maris Bortoni-Ricardo (2008). The semi-structured interview was used as a data collection technique in addition to participant observation, according to Antônio Chizzotti (1991). The corpus of this work presents two statements, whose main objective is the observation and analysis of the linguistic phenomena originating from the experiences of this people in environments of languages in contact, passing through history in the original territory, displacements and permanence in the Xingu Indigenous Park. The problematic infers in the question of how the sociolinguistic aspects influenced in the development of the communicative competence of the Tapayuna with indigenous speakers of other ethnic groups, as well as in the contact with the non-indigenous speaker of the Brazilian Portuguese language. The excerpts were analyzed in light of the theories addressed by Dante Lucchesi (2017) and Barcelos (2007). Thus, this research is understood as an initial experience of analysis with Tapayuna indigenous speakers, whose explored concepts suggest not only some paths through the look of Sociolinguistics, the sub-area of Variationist Sociolinguistics but also contribute with necessary reflections to the linguistic policies for the indigenous peoples all over the country who urgently need support from field linguists, bringing this rich sociolinguistic context to the field of scientific research and social visibility, in order to break the historically imposed language barriers to power as well as the silencing of many indigenous voices.
KEYWORDS: Variationist Sociolinguistics; Languages in contact; Indigenous Tapayuna.
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