MOVIMENTO SOCIAL NEGRO E COMUNIDADES DE CANDOMBLÉ: AMBIENTES FORMADORES E EDUCATIVOS
BLACK SOCIAL MOVEMENT AND CANDOMBLÉ COMMUNITIES: FORMATIVE AND EDUCATIONAL ENVIRONMENTS
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https://doi.org/10.48211/sociodialeto.v12i36.460Palavras-chave:
Negros; Movimento Social; Educação; Paulo FreireResumo
Quando falamos de educação, não estamos necessariamente considerando exclusivamente a escola, ainda que que se trate de uma instância formativa socialmente referendada. Defendemos uma concepção de educação pautada na vida, saberes e conhecimento de diferentes ambientes e pessoas que para além do ambiente escolar, podem contribuir significativamente com a escola. O objetivo deste ensaio é afirmar o movimento social negro e comunidades de matrizes africanas, em especial, as comunidades de candomblé, como ambientes educacionais e socializadores que em conformidade com o pensamento de Paulo Freire preparam para a vida. A partir da experiência vivida nesses dois ambientes não escolares apresento a relevância dessa formação para a problematização e compreensão da minha condição de mulher negra em uma sociedade em que sujeitos que não integram a normativa hegemônica convivem com a opressão racial, social e sexual. Tais espaços não escolares, porém, formativos, desenvolvem uma educação pautada no diálogo e centrada na cultura, história e saberes da população negra. Também apresentam como proposta a transformação da realidade vivida. Este texto busca tão somente contribuir com o diálogo das ideias de Paulo Freire em espaços formadores e educativos que respeitam e valorizam a cultura, o saber e o conhecimento de diferentes comunidades e pessoas, mas não estão integrados a educação escolar.
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