ENSINO BILÍNGUE E POLÍTICAS LINGUÍSTICAS:
POR UMA URGENTE RESSIGNIFICAÇÃO DAS PRÁTICAS DE ENSINO E DA IDENTIDADE DOS PROFISSIONAIS DE LÍNGUA INGLESA JUNTO A UM “MODISMO” ELITISTA
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PALAVRAS-CHAVE: Sociolinguística. Dialetologia. Políticas Linguísticas. Ensino Bilíngue.Abstract
RESUMO:Em meio a uma crescente implantação de sistemas de ensino bilíngues no Brasil, o presente artigo busca analisar em que medida professores e coordenadores desses programas dispõem de conceitos definidos sobre língua, políticas linguísticas e bilinguismo e de que modo tais concepções tem interferido ou afetado na caracterização de seus respectivos perfis profissionais, contextos educacionais (sala de aula bilíngue) e práticas pedagógicas. Baseando-nos nos pressupostos da Sociolinguística e Dialetologia, nos termos de Calvet (2003; 2007), Ramirez (2009) e Mussalim & Bentes (2005), além das assunções de Rajagopalan (2005; 2013), Mulon (2017), Spolsky (2004; 2008; 2009; 2012) e Butler & Hakuta (2004), sobre Políticas Linguísticas e Bilinguismo, respectivamente, propusemos um questionário a dois coordenadores e a dois professores de língua inglesa de programas de ensino bilíngue do munícipio de João Pessoa, Paraíba. A partir das respostas obtidas e da reflexão empreendida, pudemos perceber que práticas pedagógicas, identidades e perfis profissionais precisam ser ressignificados ou substituídos a serviço de um bilinguismo que prime não apenas por variantes linguísticas de prestígio ou de perfis profissionais importados e, ou comercializados por empresas que “mercantilizam” programas bilíngues, mas, sobretudo, por aspectos culturais, inclusive do contexto brasileiro no qual tem sido inseridos, de modo a ser possível relacionar a ideia de um sujeito bilíngue a ideia de um sujeito bicultural.
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