NEGAÇÃO METALINGUÍSTICA E ESTRUTURAS COM NADA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO

DADOS DE AMOSTRAS DE FALA DO SERTÃO BAIANO

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Autores/as

  • Dayane Moreira Lemos UNEB
  • Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda UEFS
  • Zenaide de Oliveira Novais Carneiro UEFS

Palabras clave:

Negação metalinguística, Estruturas com nada, Português Brasileiro (PB), Português Europeu (PE)

Resumen

RESUMO: Este trabalho tem por objetivo descrever e analisar dados que possam contribuir para caracterização do nada como marcador de negação metalinguística no português brasileiro (doravante PB) e submeter os dados a um contraste com o português europeu (doravante PE), com o fim de evidenciar diferenças entre as duas línguas.  No intuito de discutir o comportamento sintático do nada em estruturas do PB popular, trataremos conceitualmente o termo negação metalinguística, através das reflexões de Ducrot (1972), Horn (1989), Carston (1996), entendendo seu comportamento sintático a partir dos estudos desenvolvidos por Drozd (2001) e Martins (2010). No que tange ao estudo contrastivo, esse se apoiará nos resultados obtidos por Pinto (2010) ao tratar do nada enquanto marcador metalinguístico no PE. Para tanto, os dados deste artigo foram extraído de amostras de fala do corpus do Projeto A Língua Portuguesa no Semiárido Baiano, disponível no CE-DOHS (Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão), na tentativa de evidenciar o nada como o verdadeiro marcador de negação metalinguística. Os resultados preliminares apontaram que no PB, além dos usos do PE, há um tipo específico que se caracteriza pela presença de um constituinte -Qu, seguido da forma verbal no gerúndio ou fragmento nominal/adjetival, havendo também outros tipos que são incompatíveis no PE, como fragmentos que apresentaram o nada como marcador de negação metalinguística em ocorrência isolada.

ABSTRACT: This paper aims to describe and analyze linguistic data that can contribute to characterize nada (nothing) as a marker of metalinguistic negation in Brazilian Portuguese (BP) and to contrast those data with European Portuguese (EP), in order to highlight differences between these two languages. The objectives of this work are to discuss the syntactic behavior of nada in structures of popular BP, treat the notion of metalinguistics negation from the studies of Ducrot (1972), Horn (1989), Carston (1996), and comprehend its syntactic behavior starting from the studies of Drozd (2001) and Martins (2010). The contrastive study will be based on the results obtained by Pinto (2010) who treats nada as a metalinguistic marker in the EP. The data analyzed in this paper were extracted from the database of the project A Língua Portuguesa no Semiárido Baiano and they are available in the Corpus Eletrônico de Documentos Históricos do Sertão – CEDOHS. The preliminary results pointed out that in BP, besides the common uses of EP, there is a specific type that is characterized by the presence of a constituent -Wh, followed by the non-gerund verb form or nominal/adjectival fragment, and there are other types that are incompatible in EP as fragments that presented nada as a marker of metalinguistic negation in isolated occurrence.

KEYWORDS: Metalinguistic negation. Structures with nada. Brazilian Portuguese (BP). European Portuguese (EP).

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Biografía del autor/a

Dayane Moreira Lemos, UNEB

Docente da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus XVI. Mestre em Estudos Linguísticos pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Mariana Fagundes de Oliveira Lacerda, UEFS

Docente da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Doutora em Letras e Linguística pela Universidade Federal da Bahia (UFBA).

Zenaide de Oliveira Novais Carneiro, UEFS

Docente da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Doutora em Linguística pela Universidade Federal de Campinas (UNICAMP).

Publicado

2018-06-30

Cómo citar

Lemos, D. M., Lacerda, M. F. de O., & Carneiro, Z. de O. N. (2018). NEGAÇÃO METALINGUÍSTICA E ESTRUTURAS COM NADA NO PORTUGUÊS BRASILEIRO: DADOS DE AMOSTRAS DE FALA DO SERTÃO BAIANO. WEB REVISTA SOCIODIALETO, 8(24), 109–133. Recuperado a partir de https://periodicosonline.uems.br/index.php/sociodialeto/article/view/7821