O MERCADO EDITORIAL INDÍGENA BRASILEIRO: UM ATO DE CRIATIVIDADE E RESISTÊNCIA
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escritor indígena; políticas públicas; mercado editorial; manuais didáticos.Resumen
A década de 1990 conheceu expressivo crescimento da produção editorial indígena, que aposta, não apenas, no registro das línguas nativas e tradições orais, como também em tornar os indígenas conhecidos à comunidade em geral, ao Estado brasileiro, e até mesmo à crítica especializada. Tomando essa questão como eixo de análise, nosso estudo busca (re) pensar o mercado editorial indígena e suas interfaces com o processo de iniciação na cadeia produtiva, a partir das demandas de investimento nas produções e na gestão de editoras próprias. A metodologia envolve uma busca de fontes editoriais sobre a produção de temática indígena, de autoria não-indígena e dos próprios índios, sobretudo, escritos e procedimentos dos escritores Daniel Munduruku e Olívio Jekupé, cujo ativismo e sucesso editorial fazem avançar a representação e enunciação coletiva do ameríndio, sendo exemplos claros de referência. Além disso, incluímos uma avaliação dos impactos de políticas públicas que estimulam esse nicho mercadológico, a saber, a Lei 11.645 − promulgada em 2008 − e o Projeto Nacional Biblioteca da Escola Indígena (PNBE Indígena) − criado em 2015 −, concernente à corrida dos escritores em atendê-los e à recepção do professor de Língua Portuguesa. Espera-se com essa pesquisa realçar o discurso contra-hegemônico, ao evidenciar formas de ação dos escritores indígenas para fazer circular as singularidades de seu povo, no âmbito educacional e nas mídias sociais, bem como contribuir com o levantamento de fontes e procedimentos editoriais acerca das produções indígenas para o Laboratório de Edição Fábrica de Letras no Programa de Crítica Cultural. Prepara-se, assim, a constituição de um mapa sobre processos de produção e criatividade indígenas capazes de pautar a cidadania cultural do Brasil e interpelar seus modos de reparação simbólica.
RÉSUMÉ: Les anées 1990 on connu une croissance important de la production éditoriale indigène, qui non seulement parie sur l’enregistrement des langues maternelles et des traditions orales, mais aussi en rendant les indiens connus à la communauté en general, à l’État brésilien, et même à la critique spécialisé. En prenant cette question comme un axe d’analyse, notre étude cherche à (re) penser la marché editorial indigène et ses interfaces avec le processus d’initiation dans la chaîne de production, des exigences d’investissement dans la gestion des propres éditeurs. La méthodologie implique une recherche de sources éditoriales sur la production de thèmes indigènes, de non-indigènes et des propres indiens, surtout, les écrits et les procédures des écrivains Daniel Munduruku et Olívio Jekupé, dont l’activisme et le succès éditorial font avancer la représentation et l’énonciation collective de l’amérindienne, en étant des exemples clairs de référence. En outre, nous avons inclus une évaluation des impacts des politiques publiques qui stimulent ce créneau commercial, à savoir, la Loi 11. 645 − promulguée en 2008 − et le projet Programme Nationale Bibliothèque dans les Écoles (PNBE Indigène) − créé en 2015 −, concernant au parcous des écrivains pour les servir et la réception du professeur de langue portugaise. Cette recherche devrait mettre en évidence le discours hégémonique, en soulignant les formes d’action des écrivains indigènes pour faire circuler les singularités de leur peuple, dans les médias éducatifs et sociaux, ainsi que contribuer à l’enquête des sources et des procédures éditoriales sur les productions indigènes pour le Laboratoire de Edition Usine de Lettres dans le Programme de Critique Culturelle. Ainsi, est preparé la constitution d’une carte sur les processus de production indigènes et la créativité capable de definir la citoyenneté culturelle du Brésil et interpeller ses modes de réparation symbolique.
MOTS-CLÉS: écrivain indigène; politiques publiques; marché éditorial; manuels didactiques.
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