MIRANDO COM O ESTILINGUE: VARIANTES LEXICAIS PARA DESIGNAR O ARTEFATO DO PONTO DE VISTA DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA POR CIGANOS E NÃO CIGANOS

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Autores/as

  • Geysa Andrade da Silva UNEB
  • Silvana Soares da Costa Ribeiro UFBA

Palabras clave:

Dialetologia; Léxico; Estilingue; Português do Brasil; Ciganos e não ciganos.

Resumen

Examina-se, neste trabalho, a variação lexical observada nas denominações para estilingue apuradas em pesquisas realizadas por Silva, 2017; Sá, 2013 e Ribeiro, 2012, relativas aos estados da Bahia e de Pernambuco, e que tomaram por base as respostas para a pergunta 157 do Questionário Semântico-lexical, do Projeto Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) — “Como se chama o brinquedo feito de forquilha e duas tiras de borracha e que os meninos usam para matar passarinho?” (COMITÊ... 2001, p.34) —, referente à área semântica Jogos e diversões infantis. Objetiva-se verificar se a seleção lexical apresenta influência de fatores diatópicos e diastráticos, identificados a partir dos dados recolhidos a dois grupos etnicamente distintos, nos dois estados: uma comunidade cigana e outra constituída de não ciganos. Consideraram-se os pressupostos e a metodologia da Sociolinguística e da Dialetologia Pluridimensional bem como da Lexicologia, da História, da Antropologia e da Ciganologia. A conclusão descreve e aborda os resultados obtidos. O estudo demonstrou que o artefato “estilingue” se conserva nos estados pesquisados, com um total acima de 95% de respostas válidas nas três pesquisas, revelado pelas escolhas lexicais dos falantes e contribuiu para o conhecimento das variantes léxico-regionais dos falantes em questão e sua área geográfica. Em síntese: (i) Na Bahia, badogue é a lexia de maior frequência e, em Pernambuco, baladeira ocupa esta posição, em se considerando a intercomparação das pesquisas; (ii) O conjunto cartográfico apresentado no texto permite ter-se a visão diatópica do espaço geográfico estudado, em sua unidade (lexia e área homogênea) e sua diversidade (marcada pelas especificidades de cada estudo).

ABSTRACT: In this work, the lexical variation observed in the denominations for slings found in research conducted by Silva, 2017 is examined; Sá, 2013 and Ribeiro, 2012, relating to the states of Bahia and Pernambuco, and which were based on the answers to question 157 of the Semantic-Lexical Questionnaire, of the Atlas Linguistic Project of Brazil (ALiB) - “How is the toy called made of a pitchfork and two rubber strips that boys use to kill birds?” (COMITÊ, 2001, p.34) -, referring to the semantic area Games and children's entertainment. The objective is to verify if the lexical selection has influence of diatopic and diastratic factors, identified from the data collected from two ethnically distinct groups, in the two states: a Roma community and a non-Roma community. The assumptions and methodology of Sociolinguistics and Pluridimensional Dialectology as well as Lexicology, History, Anthropology and Gypsyology were considered. The conclusion describes and addresses the results obtained. The study demonstrated that the “slingshot” artifact is preserved in the surveyed states, with a total of over 95% of valid responses in the three surveys, revealed by the lexical choices of the speakers and contributed to the knowledge of the lexical-regional variants of the speakers in question and its geographical area. In summary: (i) In Bahia, badogue is the most frequent lexia and, in Pernambuco, baladeira occupies this position, considering the intercomparison of research; (ii) The cartographic set presented in the text allows us to have a diatopic view of the studied geographical space, in its unity (lexia and homogeneous area) and its diversity (marked by the specificities of each study).

KEYWORDS: Dialectology; Lexicon; Slingshot; Brazilian Portuguese; Gypsies and non gypsies.

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Biografía del autor/a

Geysa Andrade da Silva, UNEB

Docente do Departamento de Ciências Humanas / Colegiado de Letras, CAMPUS IV – Jacobina, da Universidade do Estado da Bahia – UNEB; Mestre em Estudos Linguísticos (UEFS)

Silvana Soares da Costa Ribeiro, UFBA

Professor Associado III da Universidade Federal da Bahia, Doutora em Letras pela Universidade Federal da Bahia (2012). Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Língua Portuguesa, atuando principalmente nas seguintes áreas: diversidade linguística, dialetologia, geolinguística, sociolinguística, norma urbana culta, análise da conversação (marcadores conversacionais) e análise textual. Participa do Projeto de pesquisa Atlas Linguístico do Brasil (ALiB) como pesquisador, entrevistador e coordenador da Comissão de Informatização e Cartografia. Atualmente é Diretora executiva do Comitê Nacional do Projeto Atlas Linguístico do Brasil.

Publicado

2020-07-31

Cómo citar

Silva, G. A. da, & Ribeiro, S. S. da C. (2020). MIRANDO COM O ESTILINGUE: VARIANTES LEXICAIS PARA DESIGNAR O ARTEFATO DO PONTO DE VISTA DA LÍNGUA PORTUGUESA FALADA POR CIGANOS E NÃO CIGANOS. WEB REVISTA SOCIODIALETO, 10(30 SER.2), 317–335. Recuperado a partir de https://periodicosonline.uems.br/index.php/sociodialeto/article/view/8020