Belo como um sonho
infância e recriação dos aspectos formais nos contos de Guimarães Rosa e de Mia Couto
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https://doi.org/10.61389/valittera.v1i4.6374Palabras clave:
“A menina de lá”, “As flores de Novidade”, Guimarães Rosa, Infância, Mia CoutoResumen
Este trabalho propõe um exame comparativo do tema da infância e dos aspectos formais que ligam as narrativas “A menina de lá”, de Guimarães Rosa e “As flores de Novidade”, de Mia Couto. Para esse fim, o presente estudo traça como seu objetivo a compreensão das crianças e das linguagens poéticas criadas em língua portuguesa de Brasil e Moçambique sendo agentes de beleza e de sonho em períodos conturbados no Ocidente, como os anos da Guerra Fria e dos combates civis pós-libertação. Sendo composto por uma pesquisa bibliográfica, esse trabalho, volta-se para o exame das aproximações estéticas que fazem da literatura produzida pelo autor de Terra sonâmbula (1992), uma continuação das propostas lançadas pelo autor de Sagarana (1946). Frente ao exposto, pretender-se-á identificar os elementos componentes das narrativas e os pontos de convergência na infância, com base nos estudos de Bosi (2003); Rónai (2005), entre outros. Ao delimitar o estudo dessas obras, Rosa e Couto inserem-se no espaço das chamadas shorts estories. Logo, obtêm-se, entre outros resultados, a constatação de que esses grandes observadores-participantes das histórias contemporâneas de seus países estabelecem as personagens infantis como as únicas responsáveis por preencherem com os seus dons, o jardim do mal que configurou-se em grande parte do século XX.
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