IMPACTOS DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM IGARAPÉS DE MANAUS-AMAZONAS
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https://doi.org/10.61389/geofronter.v7.6679Palabras clave:
Manaus, Igarapé, Lixo, Resíduos SólidosResumen
Desde o advento do ciclo da borracha somada à criação da Zona Franca de Manaus (ZFM), a cidade de Manaus experimenta um crescimento desordenado em fluxo migratório, demografia, economia, territorial e tem absorvido consequências da urbanização acentuada, como a descaracterização da sua paisagem e fatores socioespaciais como a desigualdade social e invasões clandestinas. No cerne ambiental, o desmatamento e ocupação de áreas de proteção ambiental, e sobretudo o aumento de lixeiras viciadas e despejo do esgoto, transformaram os igarapés, de áreas recreativas em rios carreadores de lixo, esgoto e metais. O presente artigo tem por objetivo descrever as condições da situação da coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) da cidade de Manaus, avaliar os custos de limpeza dos Igarapés, e colocar um enfoque sobre o destino final do lixo gerado em Manaus, o aterro de resíduos sólidos municipais (ARSM) e impactos que o chorume gerado tem ocasionado ao solo e a Igarapés da cidade. A metodologia empregada neste trabalho foi baseada no método indutivo com uso da pesquisa descritiva de artigos de periódicos, teses e relatórios da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (SEMULSP) de Manaus. Os resultados obtidos através de estudos do ARSM têm destacado sua saturação devido ao crescimento da cidade, aumento dos custos de coleta de resíduos sólidos urbanos (RSU) ao longo dos anos de 2013 a 2019, e baixo aproveitamento em reciclagem, compostagem, e biogás. A coleta seletiva, sensibilização ambiental e o combate a lixeiras viciadas são deficitárias, exigindo políticas efetivas de educação ambiental e reaproveitamento do lixo em Manaus.Citas
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