Quem define o que é ciência?: uma análise do discurso científico dos pesquisadores de ensino superior do observatório da violência nas escolas de Paranaíba/MS

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Autores

  • Susy Santos Pereira Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul
  • Carlos Eduardo França UEMS/Paranaíba

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v7i20.1249

Palavras-chave:

Campo científico. Grupo de Pesquisa. Observatório da Violência nas escolas. Discurso científico.

Resumo

A presente pesquisa é fruto da dissertação de mestrado que identificou a presença de lutas por posições dos pesquisadores participantes do Observatório das Violências nas escolas, reconhecendo nessa organização, uma forma estratégica de negociar o conhecimento. Dentro dessa perspectiva, o artigo propôs refletir sobre o discurso científico institucionalizado pelos pesquisadores do Ensino Superior no âmbito do Observatório da Violência nas Escolas. Por meio da análise das árvores científicas extraídas do levantamento da plataforma do curriculum lattes dos 10 pesquisadores professores de Ensino Superior foi possível identificar o uso de movimentos intelectuais e inclinações teóricas voltadas para a pesquisa maior, o da Violência Escolar. Esses deslocamentos evidenciados se configuraram numa lógica própria do campo, com estratégia inconsciente ou parcialmente controlada, que externou um “interesse desinteressado” dentro da Academia, uma forma de “jogar o jogo” que a própria ciência sugestiona. Essa constituição revelou forças internas no campo científico que se materializaram em esforços dos pesquisadores no trabalho em parceria, consubstanciados pelos discursos caracterizadores de legitimidade no campo. Sendo perceptível perante a análise do percurso científico dos pesquisadores, o uso da representação social interessada, que estabeleceu um discurso científico socializado, imprimindo novas identidades científicas aos pesquisadores.

 

 

Biografia do Autor

Susy Santos Pereira, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Possui graduação em Biblioteconomia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2000). Especialização em Língua Portuguesa e Literatura pelas Faculdades Integradas de Naviraí (2004). Graduação em Direito pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2012). Mestrado em Educação pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (2016). Atualmente é bibliotecária da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul e atua como Editor (a) Gerente da revista Interfaces da Educação da Unidade Universitária de Paranaíba. Tem experiência na área de Ciência da Informação, com ênfase em Técnicas de Recuperação de Informação, atuando principalmente nos seguintes temas: Biblioteca Universitária, Editoração de Periódicos Eletrônicos, Pesquisa Acadêmica, Normalização documentária e Produção Científica. Foi Bolsista do Projeto de Pesquisa Observatório da Educação (OBEDUC) - Observatório da Violência nas Escolas, financiado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. Representante discente do Programa de Mestrado em Educação 2014-2015.

Carlos Eduardo França, UEMS/Paranaíba

Doutor em Ciências Sociais pela Universidade Estadual Paulista, Faculdade Júlio de Mesquita Filho, campus de Marília, linha de pesquisa Pensamento Social e Políticas Públicas. Possui Mestrado, Graduação (Bacharelado e Licenciatura) em Ciências Sociais pela mesma instituição de ensino superior, com práticas de pesquisa na área de comportamentos humanos de grupos identitários recentes, com instrumentos de análises voltados para os referenciais da Sociologia, Antropologia e História contemporâneas. Atua principalmente no estudo e pesquisa dos temas relacionados à genealogia das relações de poder entre os grupos sociais, enfocando as correlações de forças políticas e suas formas de resistência, as representações na grande imprensa e nos diversos órgãos formadores de opinião, a teatralização do Poder Judiciário que constrói a culpabilidade dos sujeitos como verdades inquestionáveis, estuda as diversas subjetividades através das vozes que emergem das fontes produzidas pelos sujeitos concretos pesquisados para, por meio da polifonia de narrativas, desvendar a concretude dos grupos que integram, de maneira tensa, o tecido social na contemporaneidade. Docente dos Cursos de Ciências Sociais e Especialização em Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS), Unidade Universitária de Paranaíba. 

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Publicado

29-09-2016

Como Citar

Pereira, S. S., & França, C. E. (2016). Quem define o que é ciência?: uma análise do discurso científico dos pesquisadores de ensino superior do observatório da violência nas escolas de Paranaíba/MS. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 7(20), 87–105. https://doi.org/10.26514/inter.v7i20.1249