Hip hop, resistência e subjetivação: analisando rimas no marco de rodas culturais em uma favela carioca

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Autores

  • Valentina Carranza Weihmuller Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Vera Helena Ferraz de Siqueira Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Andrea Costa da Silva Universidade da Força Aérea

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v9i25.2502

Palavras-chave:

rodas culturais, pós-estruturalismo, hip hop, discursos de subjetivação, resistência cultural.

Resumo

 A partir da perspectiva dos estudos culturais na sua vertente pós-estruturalista, neste artigo problematiza-se a potencialidade das rodas culturais e do movimento hip hop carioca para dinamizar processos de subjetivação e resistência coletiva em contextos de favelas. Especificamente, analisam-se discursos produzidos e circulados nos circuitos on-line das rodas culturais, com o objetivo de conhecer posições de sujeito, temas e estratégias nesses discursos. Observou-se que o material analisado apresenta nítidas características de discursos de subjetivação e construção de identidades dado seu perfil performático e autoreferencial, com o tratamento de temas que envolvem a realidade cotidiana das juventudes de favela, e articulação de uma estratégia que problematiza, denuncia e propõe estratégias de transformação. Conforme a análise do caso abordado, conclui-se que os discursos produzidos e circulados no marco de uma roda cultural são potentes para problematizar experiências de vida e denunciar as estratégias de poder que inferiorizam, estigmatizam e violentam as juventudes das favelas, transformando os estigmas sociais adjudicados às juventudes de favelas em emblemas identitários. Neste sentido, enfatizamos a relevância das rodas como modalidades juvenis contemporâneas de produção de sentido e resistência cultural.

Biografia do Autor

Valentina Carranza Weihmuller, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Possui graduação em Licenciatura en Comunicación Social - Universidad Nacional de Córdoba - Argentina (2014). Atualmente é ligada a CAPEs como doutoranda da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Comunicação e Cultura e na Multudisciplinar de Ensino em Educação em Ciências e Saúde.

Vera Helena Ferraz de Siqueira, Universidade Federal do Rio de Janeiro

 

 Possui graduação em Psicologia - University of Texas at Austin (1974), mestrado em Tecnologia Educacional pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (1978) e doutorado em Educação - Columbia University (1986). Atualmente é professora associada IV da Universidade Federal do Rio de Janeiro, no Laboratório de Linguagens e Mediações do NUTES/UFRJ. Bolsista Pq/CNpq. Foi diretora do NUTES e coordenou o Programa de pós graduação Educação em Ciências e Saúde/NUTES/UFRJ, sendo atualmente docente nesse programa. Tem experiência na área de Educação, com ênfase nos deslocamentos sócio culturais introduzidos na contemporaneidade, principalmente através da mídia, atuando nos seguintes temas: políticas de identidade e formação profissional; educação em saúde; relações de gênero, raça/etnia e educação; mídia e educação

Andrea Costa da Silva, Universidade da Força Aérea

Doutora e Mestre em Educação em Ciências e Saúde, pelo Programa de Pós - Graduação em Educação em Ciências e Saúde (NUTES / UFRJ), com especialização em Orientação Educacional pela FAHUPE e graduação em Direito pela Universidade Gama Filho. Atua como professora regente no magistério público desde 1985, a partir de 1996 no magistério público federal. Foi Editora Assistente da Revista da UNIFA, entre 2010 a 2014. Tem experiência na área de Educação, com ênfase em estudos e pesquisas nos seguintes temas: Educação em Saúde; Estudos Culturais e Educação; Gênero e Sexualidade ; Literatura e Educação.

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Publicado

02-08-2018

Como Citar

Weihmuller, V. C., Ferraz de Siqueira, V. H., & Silva, A. C. da. (2018). Hip hop, resistência e subjetivação: analisando rimas no marco de rodas culturais em uma favela carioca. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 9(25), 203–227. https://doi.org/10.26514/inter.v9i25.2502

Edição

Seção

Artigos Temáticos