Hip hop, resistência e subjetivação: analisando rimas no marco de rodas culturais em uma favela carioca
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https://doi.org/10.26514/inter.v9i25.2502Palavras-chave:
rodas culturais, pós-estruturalismo, hip hop, discursos de subjetivação, resistência cultural.Resumo
A partir da perspectiva dos estudos culturais na sua vertente pós-estruturalista, neste artigo problematiza-se a potencialidade das rodas culturais e do movimento hip hop carioca para dinamizar processos de subjetivação e resistência coletiva em contextos de favelas. Especificamente, analisam-se discursos produzidos e circulados nos circuitos on-line das rodas culturais, com o objetivo de conhecer posições de sujeito, temas e estratégias nesses discursos. Observou-se que o material analisado apresenta nítidas características de discursos de subjetivação e construção de identidades dado seu perfil performático e autoreferencial, com o tratamento de temas que envolvem a realidade cotidiana das juventudes de favela, e articulação de uma estratégia que problematiza, denuncia e propõe estratégias de transformação. Conforme a análise do caso abordado, conclui-se que os discursos produzidos e circulados no marco de uma roda cultural são potentes para problematizar experiências de vida e denunciar as estratégias de poder que inferiorizam, estigmatizam e violentam as juventudes das favelas, transformando os estigmas sociais adjudicados às juventudes de favelas em emblemas identitários. Neste sentido, enfatizamos a relevância das rodas como modalidades juvenis contemporâneas de produção de sentido e resistência cultural.Downloads
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