“Com quantos paus se faz uma canoa?” Etnomatemática, interculturalidade e infância indígena na educação infantil urbana

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Autores

  • Klínger Teodoro Ciríaco Universidade Federal de Mato Grosso do Sul

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v9i26.3122

Resumo

Historicamente a Educação Infantil surge enquanto política compensatória à classe operária a partir da inserção da mulher no mercado de trabalho, o que justifica, em tese, uma das “histórias” que revela seu caráter médico-higienista no final do século XIX e início do século XX. Contudo, pouco observa-se a preocupação com os povos indígenas e os modos de viver a infância desta parcela significativa que “sobrevive” no Brasil. Apresenta-se neste paper uma discussão teórica de uma proposta interventiva, de cunho extensionista, cujo objeto e objetivo residem na implementação e instrumentalização de práticas pedagógicas de atendimento à criança indígena, em uma abordagem Etnomatemática, nos espaços das instituições de Educação Infantil do município de Naviraí, interior do Estado de Mato Grosso do Sul – MS. Para sua efetivação, serão suscitadas reflexões, planejamento e ações no ambiente da creche e da pré-escola, durante o ano de 2018, na perspectiva da Interculturalidade como pressuposto básico para respeito às diferenças e à garantia dos Direitos Humanos e sociais da cultura indígena no meio urbano. Temos aqui a promissora possibilidade de atender uma demanda social emergente local, como também de tentar garantir, minimamente, que estas crianças se incluam e interajam nas práticas culturais decorrentes das experiências escolares.

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Publicado

27-11-2018

Como Citar

Ciríaco, K. T. (2018). “Com quantos paus se faz uma canoa?” Etnomatemática, interculturalidade e infância indígena na educação infantil urbana. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 9(26), 101–127. https://doi.org/10.26514/inter.v9i26.3122