MAQUIAVEL ENTRE AUCTORITAS E POTESTAS: DIREITOS HUMANOS E MATABILIDADE NO PRINCIPADO MODERNO

Visualizações: 865

Autores

  • Mário Lúcio Garcez Calil UEMS
  • Oswaldo Giacoia júnior UEMS

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v10i28.3625

Palavras-chave:

Biopolítica. Maquiavel. Homo Sacer. Matabilidade. Ciência Política Moderna.

Resumo

O objetivo deste trabalho será o estudo da biopolítica em Maquiavel, a partir do paradigma metodológico do homo sacer, especialmente sob a perspectiva da matabilidade, utilizando-se, para tanto, o conceito de principado, por intermédio de pesquisa bibliográfica, utilizando-se, na escrita, o procedimento dedutivo. Justifica-se este estudo, especialmente em decorrência da importância de Maquiavel para a ciência política moderna, bem como a necessidade de colocar suas teorizações sob paradigmas contemporâneos.

Biografia do Autor

Mário Lúcio Garcez Calil, UEMS

Estágio pós-doutoral e estudos em nível de pós-doutorado pela Fundação de Ensino Eurípides Soares da Rocha de Marília-SP (bolsista PNPD-CAPES). Doutor em Direito pela Faculdade de Direito de Bauru (CEUB-ITE). Mestre em Direito. Professor do Programa de Mestrado em Direito do UNIVEM. Professor Adjunto IV da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul. Vice-líder do grupo de pesquisa "A intervenção do poder público na vida da pessoa", vinculado ao Programa de Mestrado do UNIVEM. <mario.calil@yahoo.com.br>.

Oswaldo Giacoia júnior, UEMS

Professor Titular do Departamento de Filosofia (IFCH) da Universidade Estadual de Campinas. Graduado em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1976) e em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (1976). Mestre em Filosofia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (1983). Doutor em Filosofia pela Freie Universität Berlin (1988). Pós-doutorado pela Freie Universität Berlin (93-94), Viena (97-98) e Lecce (2005-2006). Professor do Programa de Mestrado em direito do UNIVEM. <ogiacoia@hotmail.com>.

Referências

AGAMBEN, Giorgio. Estado de exceção: Homo Sacer II, 1. Tradução: Iraci D. Poleti. São Paulo: Boitempo, 2004

AGAMBEN, Giorgio. Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua I. Tradução: Henrique Burigo. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002.

ALMEIDA, Paulo Riberto de. O moderno príncipe: Maquiavel revisitado. Brasília: Senado Federal, 2010. (Edições do Senado Federal - v. 147)

ANDRADE, Maria Lúcia de. O Príncipe - Maquiavel. HORN, Geraldo Balduino. (Org.). Textos filosóficos em discussão. v. 1: Platão, Maquiavel, Descartes e Sartre. Curitiba: Editora Elenco, 2006, p. 49-84.

BARROS, Vinicius Soares Campos. 10 lições sobre Maquiavel. Petrópolis: Vozes, 2010.

CARDOSO, Fernando Henrique. Maquiavel eterno. In: MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2010, p. 11-22.

CORTINA, Arnaldo. O Príncipe de Maquiavel e seus leitores: uma investigação sobre o processo de leitura. São Paulo: Editora UNESP, 2000.

ESPOSITO, Roberto. Termini della politica: comunità, immunità, biopolitica. Milano: Mimesis, 2008.

FOUCAULT, Michel. História da sexualidade. v. 1: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Graal, 1988.

GOYARD-FABRE, Simone. Os princípios filosóficos do direito político moderno. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

GRUPPI, Luciano. Tudo começou com Maquiavel. 16. ed. Porto Alegre: L&PM, 2001.

GUANABARA, Ricardo. “Há vícios que são virtudes”: Maquiavel, teórico do realismo político In: FERREIRA, Lier Pires. Curso de ciência política: grandes autores do pensamento político moderno e contemporâneo. 2.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011, p. 25-47.

HERON, Nicholas. Biopolitics. In: MURRAY, Alex; WHYTE, Jessica. (Eds). The Agamben dictionary. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011, p. 36-39.

MAQUIAVEL, Nicolau. Carta a Francisco Vettori em Roma. 1513. In: CLARET, Martin. O pensamento vivo de Maquiavel. Rio de Janeiro: Ediouro, 1986, p. 13-16

MAQUIAVEL, Nicolau. Carta a Lorenzo de Médici. 1513. In: CLARET, Martin. O pensamento vivo de Maquiavel. Rio de Janeiro: Ediouro, 1986, p. 18-19.

MAQUIAVEL, Nicolau. O príncipe. São Paulo: Penguin Classics, 2010.

MILLS, Catherine. Life. In: MURRAY, Alex; WHYTE, Jessica. (Eds). The Agamben dictionary. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011, p. 123-126.

SALATINI, Rafael. Maquiavel e o Estado. In: SALATINI, Rafael; DEL ROIO, Marcos. (Orgs). Reflexões sobre Maquiavel. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, p. 73-89.

SCHÜTZ, Anton, FOUCAULT, Michel. In: MURRAY, Alex; WHYTE, Jessica. (Eds). The Agamben dictionary. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2011, p. 73-75.

SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento político moderno. v. 1. São Paulo: Companhia das Letras. 1996.

SOUZA, Flavia Roberta Benevenuto. Maquiavel: o governo misto e a república romana. In: SALATINI, Rafael; DEL ROIO, Marcos. (Orgs). Reflexões sobre Maquiavel. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014, p. 57-73.

SYME, Ronald. Tacitus. London: Oxford University Press, 1967.

VALERIO, Raphael Guazzelli. Sobre a biopolítica de Giorgio Agamben: entre Foucault e Arendt. Griot: Revista de Filosofia, v. 8, n. 2, p. 175-189, dez., 2013.

Downloads

Publicado

26-06-2019

Como Citar

Garcez Calil, M. L., & Giacoia júnior, O. (2019). MAQUIAVEL ENTRE AUCTORITAS E POTESTAS: DIREITOS HUMANOS E MATABILIDADE NO PRINCIPADO MODERNO. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 10(28), 214–240. https://doi.org/10.26514/inter.v10i28.3625