Espaços arquitetônicos dos internatos em Sergipe
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https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.4001Palavras-chave:
Espaços arquitetônicos. Internatos. SergipeResumo
Este artigo é uma compreensão histórica a respeito das disposições de prédios adaptados e planejados para os serviços do internato escolar, localizados em Sergipe, na primeira metade do século XX. O estudo problematiza os tipos adotados e as condições higiênicas desses espaços. O trabalho se enquadra no campo da história da educação, especificamente entre os estudos que buscam compreender os significados do espaço e da arquitetura escolares e interpretam o espaço escolar como parte integrante do currículo e/ou relacionam a temática com o discurso higienista. O prédio do Colégio N. Sra. de Lourdes foi o primeiro edifício originalmente projetado e construído para servir às funções de colégio-internato feminino. O edifício, construído em dois pavimentos, possuía as principais divisões indicadas para o funcionamento de um internato (dormitórios, refeitório, rouparia, instalações sanitárias, cozinha, copa, despensa). Esse modelo de prédio escolar representou a concretização do ideal higiênico pedagógico de um edifício especialmente projetado e construído para o funcionamento de colégio-internato. Por outro lado, o Colégio Tobias Barreto é exemplo de internato funcionando em espaços adaptados. O colégio ocupou casas e/ou sobrados residenciais alugados, de construção antiga, localizados em diferentes pontos no centro da cidade. As instalações para os serviços do internato (dormitórios, refeitório, rouparia e instalações sanitárias) estavam adaptadas em diferentes espaços de um conjunto de casas ocupadas pelo colégio. As adaptações nos prédios para as dependências de internato quase sempre relegavam os preceitos de higiene às conveniências econômicas do estabelecimento.Referências
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