Uma etnografia sobre o brincar na educação infantil: as possibilidades para o reconhecimento da diversidade

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v10i30.4011

Palavras-chave:

Etnografia. Brincar. Aprendizagem. Diversidade. Educação Infantil.

Resumo

O texto discute a questão do brincar na educação infantil. O objetivo é compreender de que modo as professoras percebem o brincar e sua relação com o reconhecimento da diversidade. São apresentados resultados de uma pesquisa etnográfica que teve como norte os estudos sociais da infância com contributos da Sociologia da Infância. Os procedimentos de coleta de dados foram a observação participante, a revisão da literatura e a entrevista semiestruturada realizada com as docentes que atuam junto à turma pesquisada e com a equipe de direção. A permanência da pesquisadora em campo durou aproximadamente seis meses junto a uma turma de crianças na faixa etária dos cinco aos seis anos de idade, que frequentavam uma instituição pública municipal de educação infantil. Percebeu-se que o brincar na educação infantil é importante no processo de aprendizagem e desenvolvimento e que ele contribui efetivamente para a formação humana, possibilitando às crianças conviverem em meio a conflitos e situações de reconhecimento do outro, assim como produzindo situações nas quais as docentes são desafiadas a assegurar os direitos das novas gerações.

Biografia do Autor

Claudia Teresinha Pagno Puerari

Professora da Rede Municipal de Ensino de Lages/SC

Mestra em Educação pela Universidade do Planalto Catarinense

Jaime Farias Dresch, UNIPLAC

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (UNIPLAC)

Doutor em Educação pela Universidade Federal de São Carlos

Mareli Eliane Graupe, UNIPLAC

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação (UNIPLAC)

Doutora em Educação  pela Universität Osnabrück, Alemanha

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Publicado

08-09-2020

Como Citar

Puerari, C. T. P., Dresch, J. F., & Graupe, M. E. (2020). Uma etnografia sobre o brincar na educação infantil: as possibilidades para o reconhecimento da diversidade. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(32), 299–325. https://doi.org/10.26514/inter.v10i30.4011