O NOME DA ROSA: UMA OFICINA POR ABORDAGENS INTERDISCIPLINARES SOBRE A OBRA DE UMBERTO ECO EM UM CURSO PRÉ-VESTIBULAR POPULAR
Visualizações: 756DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4032Palavras-chave:
Oficina Interdisciplinar, O Nome da Rosa, Umberto Eco, Educação em CiênciasResumo
Neste trabalho utilizaremos o romance de Umberto Eco “O Nome da Rosa” como ferramenta temática para uma abordagem pedagógica interdisciplinar em um curso Pré-Vestibular Popular. Como referencial teórico utilizaremos os princípios e discussões elencados pelo educador brasileiro Paulo Freire, uma vez que o espaço educacional escolhido para este tipo de abordagem já faz utilização de tal teórico e, também, porque nosso público alvo é formado por classes populares compostas por trabalhadores e trabalhadoras que buscam acessar o Ensino Superior. Como objetivo principal de pesquisa analisaremos se tal tipo de abordagem contribuiu para a construção e incentivo ao pensamento crítico destes sujeitos. Averiguaremos também se atividades como esta contribuem para a desconstrução de que o conhecimento é dividido em áreas específicas, podendo receber contribuições de outras disciplinas. Traremos para análise, também, os pontos interdisciplinares utilizados para a discussão. Como resultado, observamos que os e as estudantes acharam interessante este tipo de atividade, que incentivou o pensamento crítico, bem como incentivou a correlação dos conhecimentos entre áreas. Como objetivos da aplicação da oficina, elencamos o incentivo à leitura, revisão de conteúdos e também a desconstrução da ideia de que a ciência é uma verdade absoluta. Em tais pontos tivemos sucesso, segundo as respostas dos e das estudantes envolvidos.
Referências
ALVARENGA, A. T.; SOMMERMAN, A.; ALVAREZ, A. M de S. Congressos Internacionais sobre Transdisciplinaridade: reflexões sobre emergências e convergências de ideias e ideais na direção de uma nova ciência moderna. Saúde e Sociedade, v.14, n. 3, p. 9-29, 2005.
BONDELLA, P. Umberto Eco and the open text: semiotcs, fiction, popular culture. Cambridge University Press, 2005.
ETGES, N. J. Ciência, Interdisciplinaridade e educação. In: JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. (Org.). Interdisciplinaridade: Para além da filosofia do Sujeito. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. p. 60-94.
ECO, Umberto. O Nome da Rosa. São Paulo: Globo, 2003. 479 p.
ETGES, N. J. Produção do conhecimento e interdisciplinaridade. Educação e Realidade, v. 18, n. 2, p. 73-82, 1993. , Porto Alegre
FAZENDA, I. C. A. Interdisciplinaridade: História, Teoria e Pesquisa. 15. ed. São Paulo: Papirus, 2008.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. 43. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.
_______. Pedagogia do Oprimido. Ed: Paz e Terra, 60º edição, Rio de Janeiro, 2016.
GINZBURG, C. História Nocturna – Uma decifração do Sabat. Lisboa: Relógio D’Água, 1995.
GÓES, P. de. O problema do riso em O nome da Rosa, de Umberto Eco. Revista de Filosofia Aurora, v. 21, n. 28, p. 213-240, Curitiba, 2009.
GUIMARÃES, D. A. D. De ficções a O nome da Rosa: Caminhos que se bifurcam. Letras, Curitiba, n. 41-42, p. 63-73, 1992/93.
JANTSCH, A. P.; BIANCHETTI, L. (Org.). Interdisciplinaridade para além da filosofia do sujeito. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 2011.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. E. D. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: Pedagógica e Universitária, 2013.
MONTEIRO, E. C. Carnavalização no livro e no filme O nome da Rosa. In: SEMANA DE EXTENSÃO, PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO (SEPesq) – UNIRITTER, 10., 2014.
OLIVEIRA, D. F.; ROCQUE, L. R; MEIRELLES, R. M. S. Ciência e arte: Um “entre lugar” no Ensino de Biociências e Saúde. In: ENCONTRO NACIONAL DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIAS (ENPEC), 7., Santa Catarina, 2009.
OLIVEIRA, M.D.; FREIRE, P.; QUIROGA, A. P.; CUNHA, M.L.; BARRETO, V.L.; BARRETO, J.C.; GIFFONI, V.L. O processo Educativo segundo Paulo Freire e Pichon- Rivière. In: Seminário promovido e coordenado pelo Instituto Pichon-Revière de São Paulo. Petrópolis: Vozes, 1989.
PAVIANI, N. M. S.; FONTANA, N. M. Oficinas Pedagógicas: Relatos de uma experiência. Conjectura, v. 14, n. 2, 2009.
STADLER, J. P.; HUSSEIN, F. R. G. O perfil das questões de ciências naturais do novo Enem: Interdisciplinaridade ou contextualização? Ciência e Educação, Bauru, v. 23, n. 2, p. 391-402, Curitiba, 2017.
VICENTE, F. N. Bruxas, Judeus, Centeio Louco e Beldades de Veneza: Destinos e perdas de uma memória europeia de drogas esquecidas. Interacções, n. 3, p. 91-105, 2002.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.