OLHARES (IM)POSSÍVEIS: As fronteiras e questões do cinema em pesquisas no campo da educação. Passeur, saber-vagalume e imagens-sintoma que podem emancipar
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https://doi.org/10.26514/inter.v13i37.4529Palavras-chave:
Pesquisa-intervenção, cinema, sujeito, educaçãoResumo
Este artigo reflete a potência do trabalho com a noção de dispositivo em pesquisas-intervenções com o cinema na escola. Além da reflexão, pretendemos apresentar duas imagens que evidenciam momentos fundamentais da experiência em um trabalho realizado com crianças de 10 e 11 anos da periferia de Ouro Preto no ano de 2017. Nesse trabalho acreditamos na invenção de um saber-vagalume (HUBERMAN, 2011) durante as intervenções que buscavam espaços de construção de subjetividade dos/das estudantes envolvidos. Para tal, partimos da noção de dispositivo, desenvolvida por Cezar Migliorin no trabalho com o projeto “Inventar com a Diferença” (MIGLIORIN, 2016). Entendemos como “dispositivo” aquilo que coloca em crise o participante durante articulação entre um comando fechado e, ao mesmo tempo, aberto à inventividade. A partir dessa noção apropriada, articulamos para a primeira etapa da intervenção três momentos: 1) Cartão Postal, 2) Minuto Lumière e 3) Filme-Carta, os quais garantiram a emergência das imagens-sintoma produzidas pelas crianças participantes. Os efeitos do trabalho foram colhidos em ato, bem como a posteriore ao projeto. Concluímos que tal intervenção com o cinema opera nas fronteiras entre arte e clínica. Que esse trabalho é sem separação: arte e vida, ou melhor: artevida, extrapolando fronteiras na busca de testemunhos.
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