Desenvolvimento da Sala de Aula Invertida nos Anos Finais do Ensino Fundamental

Visualizações: 458

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4587

Palavras-chave:

Tecnologias digitais da informação e comunicação, Ensino híbrido, Sala de Aula Invertida, Ensino Fundamental.

Resumo

Este artigo aborda o desenvolvimento da Sala de Aula Invertida (SAI) nos Anos Finais do Ensino Fundamental, resultante da experiência com a metodologia híbrida. Analisou os processos que efetivaram o modelo de ensino híbrido com vistas às possibilidades de integrar tecnologias digitais da informação e comunicação (TDIC) na prática de professores da educação básica. Os dados apresentados e analisados resultam do estudo de caso com 2 professoras e 24 estudantes do 8º ano numa escola da rede privada de Maceió–AL, realizado entre o 2º semestre de 2017 e 2º semestre 2018, no qual se explorou o desenvolvimento metodológico da SAI na prática pedagógica dos professores envolvidos. A coleta de dados se estruturou em duas etapas: formação dos professores e desenvolvimento da SAI no contexto da pesquisa. As análises se efetivaram desde a estruturação dos posts nos blogs e aplicação de questionários de entrevista semiestruturada e grupo focal às professoras. A partir dessa análise, confrontamos os processos da proposta SAI com os discursos e instrumentos. Constatamos que os processos da SAI, para além da técnica, se efetivaram desde disponibilidade de recursos, formação e cooperação técnica e pedagógica.

Biografia do Autor

Weider Alberto Costa Santos, Universidade Federal de Alagoas

Doutorando em Ensino pela Rede Nordeste de Ensino polo UFAL, mestre em Educação pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Gestor na educação básica da rede privada, conteudista na Universidade Federal de Goiás (UFG) e consultor em tecnologias digitais na educação.

Luis Paulo Leopoldo Mercado, Universidade Federal de Alagoas

Professor Titular da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), bolsista produtividade em pesquisa 2 do CNPq, líder do grupo de pesquisa TICFORPROD, doutor em Educação pela PUC/SP e mestre em educação pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM).

Referências

BACICH, Lilian; TANZI NETO, Adolfo; TREVISANI, Fernando de Mello. Ensino híbrido: personalização e tecnologias na educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

BAKER, J. W. The classroom flip: using web course management tools to become the guide by the side. In: J. A. CHAMBERS (ed.). Selected papers from the 11th International Conference on College Teaching and Learning. Jacksonville, Florida. p. 9-17, 2000.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977.

BERGMANN, Jonathan; SAMS, Aaron. Flipped learning: gateway to student engagement. Eugene, Oregon and Washington: ISTE, 2014.

______. Flipped learning for elementary instruction. Virginia: ISTE, 2016.

______. Sala de aula invertida: uma metodologia ativa de aprendizagem. Rio de Janeiro: LTC, 2018.

BLAU, Ina; SHAMIR-INBAL, T. Re-designed flipped learning model in an academic course: the role of co-creation and co-regulation. Computer & Education, 115, p. 69-81, 2017.

BRANCO, Carla C.; ALVES, M. M. Complexidade e sala de aula invertida: considerações sobre o método. Educere, XII Congresso Nacional de Educação. p. 15.464-15.477, 2015.

CAMARGO, F. A sala de aula inovadora: estratégias pedagógicas para fomentar o aprendizado ativo. Porto Alegre: Penso, 2018.

CARBAUGH, Eric M.; DOUBET, K. J. The differentiated flipped classroom: a practical guide to digital learning. California: Sage, 2015.

CHARLOT, Bernard. Relação com o saber, formação dos professores e globalização. Porto Alegre: Artmed, 2007.

COELHO, Marco A.; DUTRA, Lenise R. Behaviorismo, cognitivismo e construtivismo: confronto entre teorias remotas com a teoria conectivista. Caderno de Educação, ano 20, n. 49, v. 1, p. 51-76, 2018.

FOERTSCH, J.; MOSES, G.; STRIKWERDA, J.; LITZKOW, M. Reversing the lecture/homework paradigm using e TEACH web-based streaming video software. The Journal of Engineering Education, 91, n. 3, p. 267-274, 2002.

HAWKS, Sharon J. The flipped classroom: now or never? AANA Journal. 82(4), p. 264-269, 2014.

HORN, Michel B; STAKER, Heather. Blended: usando a inovação disruptiva para aprimorar a educação. Porto Alegre: Penso, 2015.

KHAN, Salman. Um mundo, uma escola: a educação reinventada. Rio de Janeiro: Intrínseca, 2013.

KING, Alisson. From Sage on the Stage to Guide on the Side. College Teaching. v. 41, n. 1, p. 30-35, 1993.

KOCH, I. V. O texto: construção de sentidos. São Paulo: Contexto, 1997.

LAGES, Maureen J.; PLATT, Glenn J.; TREGLIA, Michael. Inverted the classroom: a gateway to creating an inclusive learning environment. The Journal of Economic Education. v. 31, n. 1, p. 30-43, 2000.

LIBÂNEO, José Carlos. Pedagogia e pedagogos, para quê? São Paulo: Cortez, 2010.

LÜDKE, Menga. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.

MANRESA, Sofía T. Flipped classroom: un modelo pedagógico eficaz en el aprendizaje de Science. Revista Iberoamericana de Educación. v. 76, n. 1, p. 9-22, fev./abr. 2018.

MATTAR, João. Metodologias ativas: para a educação presencial, blended e a distância. São Paulo: Artesanato Educacional, 2017.

MERCADO, Luis P. (org.). Tendências na utilização das tecnologias da informação e comunicação na educação. Maceió: Edufal, 2004.

MERCADO, Luis P. (org.). Práticas de formação de professores na educação a distância. Maceió: Edufal, 2008.

OZDAMLI, F.; ASIKSOY, G. Flipped classroom approach. World Journal on Educational Technology: Current Issues. 8, n. 2, 2016, p. 98-105.

PRIETO-MARTÍN, Alfredo; BARBARROJA-ESCUDERO, José; LARA-AGUILERA, Isabel; DÍAZ-MARTÍN, David; PÉRE-GÓMEZ, Ana; MONSERRAT-SANZ, Jorge; CORELL-ALMUZARA, Alfredo; ÁLVAREZ DE MON-SOTO, Melchor. Aula invertida en enseñanzas sanitarias: recomendaciones para su puesta en práctica. FEM 2019; 22 (6), p. 253-262, nov./dez. 2019.

SANCHO, Juana M.; HERNÁNDEZ, F. et al. (org.). Tecnologias para transformar a educação. Porto Alegre: Artmed, 2006.

SANTIAGO, Raúl; BERGMANN, Jonathan. Aprender al revés: flipped learning 3.0 y metodologías activas en el aula. Espanha: Espasa Libros, 2018.

SANTOS, Weider A. Desenvolvimento da sala de aula invertida no Ensino Fundamental anos finais: um estudo de caso. 176 f. Dissertação (Mestrado em Educação). Universidade Federal de Alagoas. Centro de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação. Maceió, 2019.

SCHNEIDER, Elton I.; SUHR, I. R. F.; ROLON, V. E. K.; ALMEIDA, C. M. Sala de aula invertida em EAD: uma proposta de blended learning. Revista Intersaberes. v. 8, n. 16, p. 68-81, jul./dez. 2013.

VALENTE, José A. A sala de aula invertida e a possibilidade do ensino personalizado: uma experiência com a graduação em midialogia. In: BACICH, Lilian; MORAN, José (orgs.). Metodologias ativas para uma educação inovadora: uma abordagem teórico-prática. Porto Alegre: Penso, 2018, p. 26-44.

WINTER, J. W. Performance and motivation in a middle school flipped learning course. TechTrends. 62, p. 176-183, 2018.

YIN, Robert K. Pesquisa qualitativa do início ao fim. Porto Alegre: Penso, 2016.

Downloads

Publicado

30-08-2022

Como Citar

Santos, W. A. C., & Mercado, L. P. L. (2022). Desenvolvimento da Sala de Aula Invertida nos Anos Finais do Ensino Fundamental. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 13(38). https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4587