A produção de sentidos sobre mulheres negras e o branqueamento do magistério no Rio de Janeiro na primeira república
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Educação, Professoras Negras, Racismo e Produção de Sentidos.Resumo
Este artigo apresenta a presença de professoras negras no magistério do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal, no período da Primeira República correlacionando-o a um quadro explicativo do processo de construção simbólica que, no mesmo período, retirou da mulher negra letrada a capacidade de apresentar-se como difusora e produtora de bens culturais. Para tal analisei a literatura produzida pelo pensamento social brasileiro no período, em especial textos de médicos eugenistas e de outros intelectuais que dialogavam com o pensamento eugênico. Demonstro que se transferiu às mulheres negras toda a carga negativa conferida ao grupo negro pelas teorias racistas, terminando por dificultar e praticamente impedir o acesso de mulheres negras aos cargos do magistério. Essas teorias então em voga entre as elites intelectuais, acrescentadas de certa misoginia, presente no discurso eugenista, terão conseqüências indeléveis no imaginário social brasileiro no que se refere às mulheres negras.
Palavras chave: Educação, Professoras Negras, Racismo e Produção de Sentidos.
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