A produção de sentidos sobre mulheres negras e o branqueamento do magistério no Rio de Janeiro na primeira república
Visualizações: 1715Palavras-chave:
Educação, Professoras Negras, Racismo e Produção de Sentidos.Resumo
Este artigo apresenta a presença de professoras negras no magistério do Rio de Janeiro, antigo Distrito Federal, no período da Primeira República correlacionando-o a um quadro explicativo do processo de construção simbólica que, no mesmo período, retirou da mulher negra letrada a capacidade de apresentar-se como difusora e produtora de bens culturais. Para tal analisei a literatura produzida pelo pensamento social brasileiro no período, em especial textos de médicos eugenistas e de outros intelectuais que dialogavam com o pensamento eugênico. Demonstro que se transferiu às mulheres negras toda a carga negativa conferida ao grupo negro pelas teorias racistas, terminando por dificultar e praticamente impedir o acesso de mulheres negras aos cargos do magistério. Essas teorias então em voga entre as elites intelectuais, acrescentadas de certa misoginia, presente no discurso eugenista, terão conseqüências indeléveis no imaginário social brasileiro no que se refere às mulheres negras.
Palavras chave: Educação, Professoras Negras, Racismo e Produção de Sentidos.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.