PERCEPÇÕES SOBRE A QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL PARA ADOLESCENTES EM CUMPRIMENTO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS: UM ESTUDO DE CASO
Visualizações: 222DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v13i37.4688Palavras-chave:
Percepção, Qualificação profissional, Medidas socioeducativasResumo
A temática da qualificação profissional de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas apresenta na legislação amplos aspectos de orientação a práticas. Dentro da literatura existem poucos registros sobre instituições de ensino e práticas que tenham efetivado programas para atender a esta demanda. Objetivou-se analisar as possibilidades de transformação social da vida dos adolescentes egressos e em cumprimento de medidas socioeducativas de prestação de serviços comunitários e/ou liberdade assistida, tomando como base o estudo de caso de uma turma na qual foram entrevistadas pessoas chave que participaram do programa. Conclui-se que neste estudo de caso a aprendizagem da qualificação profissional oportunizou a transformação da realidade social dos adolescentes cumprindo medidas socioeducativas. Porém dentro da estrutura dialógica que organiza a vida dos adolescentes nas situações que os levaram ao exercício das medidas socioeducativas. Consideramos que tal prática ainda não representa a solução para a complexidade do contexto social e suas demandas.
Referências
ARAUJO, R. M. de L. Competência e qualificação: duas noções em confronto, duas perspectivas de formação dos trabalhadores em jogo. Trabalho e Crítica, Belo Horizonte/Rio de Janeiro, v. 1, n. 1, p. 173-186, 1999.
BERNARDIM, M. L. Juventude, Escola e Trabalho: sentidos atribuídos ao ensino médio integrado por adolescentes da classe trabalhadora. 304 f., Tese de Doutorado, Curitiba: Universidade Federal do Paraná, 2013.
BERNARDIM, M. L.; SILVA, M. R. da Juventude(s) e Ensino Médio: da inclusão escolar excludente aos jovens considerados nem-nem. Rev. Contrapontos – Eletrônica. Out-Dez., vol. 17, n. 04, p. 688-704; 2017.
BRASIL. Secretaria Nacional de Assistência Social. 2016. Caderno de Orientações Técnicas: Serviço de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto. Brasília, DF, SNAS.
CONANDA. Resolução n. º 119, de 11 de dezembro de 2006. Dispõe sobre o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo e dá outras providências. Disponível em: http://www.crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/download/resolucao_119_conanda_sinase.pdf. Acesso em: 30 marc. 2020.
COSTA, A. C. G. Por uma política nacional de execução das medidas socioeducativas: conceitos e princípios norteadores. Brasília: Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República–SEDH/PR, 2006.
FERRETTI, C. J. Tecnologias, Trabalho e Educação: Um Debate Multidisciplinar. São Paulo: Vozes, 1994.
FLICK, U. Introdução à pesquisa qualitativa. 3ª. Edição, Porto Alegre: Artmed, 2009.
GENTILI, P. Três teses sobre a relação trabalho e educação em tempos neoliberais. In: LOMBARDI, J.C.; SAVIANI, D.; SANFELICE, J.L. Capitalismo, trabalho e educação. Campinas: Autores Associados/HISTEDBR, 2005.
KUENZER, A. Z. O trabalho como princípio educativo. Cadernos de Pesquisa, n. 68, p. 21-28, 2013.
KUENZER, A. Exclusão includente e inclusão excludente: a nova forma de dualidade estrutural que objetiva as novas relações entre educação e trabalho. Capitalismo, trabalho e educação, v. 3, p. 77-96, 2002.
MANACORDA, M. A. O princípio educativo em Gramsci. Trad. William Lagos.Porto Alegre: Artes Médicas, 1990.
PERRENOUD, P.; THURLER, M. G.; MACEDO, L.; MACHADO, N. J.; ALESSANDRINI, M. D. As competências para ensinar no século XXI: a formação dos professores e o desafio da avaliação. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
RAMOS, M. N. A pedagogia das competências: autonomia ou adaptação? São Paulo: Editora Cortez, 2001.
RUIZ, M. J. F. Trabalho coletivo na escola pública: contribuições pedagógicas de Anton Semionovitch Makarenko. Revista ORG & DEMO, v. 9, n. 1/2, p. 223, 2010.
TONET, I. Educação contra o capital. 3ª. Ed., São Paulo: Instituto Lukács, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.