HIPERPOTENTIA, PARTICIPAÇÃO E AUTONOMIA: O PODER POLÍTICO DE TRANSFORMAÇÃO DE COMUNIDADES E ESCOLAS QUILOMBOLAS
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https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4862Palavras-chave:
Educação. Política. Quilombo.Resumo
Este artigo traz reflexões sobre a categoria hiperpotentia de Enrique Dussel, em interface com participação e autonomia, como formas de poder político de transformação de comunidades e escolas quilombolas. Tem por base uma pesquisa de campo etnográfica realizada sobre os processos pedagógicos de construção identitária étnico-racial no Quilombo Jambuaçu. Teve como procedimentos metodológicos: entrevistas abertas com 11 moradores que vivem em 5 comunidades do Quilombo Jambuaçu e com 6 professores que trabalham em 5 escolas dessas 5 comunidades de Jambuaçu; observação direta que foi feita em função de aspectos específicos, a partir dos quais foram elaborados roteiros, considerando as anotações registradas em um diário de campo. A análise dos dados consistiu no uso da técnica de categorizações, tendo por referência a Análise de Conteúdo. Neste artigo, o foco são as falas de 3 moradores e 4 professores, cujo principal referencial teórico é Enrique Dussel. Entre os resultados, destaca-se que pelas vozes coletadas em campo, percebe-se a necessidade de uma práxis escolar dialógica com os contextos históricos e socioculturais, comprometida com a própria transformação social, que se configura por meio de posturas críticas e participativas, visando às possibilidades de uma escola autônoma com um discurso pedagógico de caráter político radicalmente democratizador.
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