HIPERPOTENTIA, PARTICIPAÇÃO E AUTONOMIA: O PODER POLÍTICO DE TRANSFORMAÇÃO DE COMUNIDADES E ESCOLAS QUILOMBOLAS
Visualizações: 472DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4862Palavras-chave:
Educação. Política. Quilombo.Resumo
Este artigo traz reflexões sobre a categoria hiperpotentia de Enrique Dussel, em interface com participação e autonomia, como formas de poder político de transformação de comunidades e escolas quilombolas. Tem por base uma pesquisa de campo etnográfica realizada sobre os processos pedagógicos de construção identitária étnico-racial no Quilombo Jambuaçu. Teve como procedimentos metodológicos: entrevistas abertas com 11 moradores que vivem em 5 comunidades do Quilombo Jambuaçu e com 6 professores que trabalham em 5 escolas dessas 5 comunidades de Jambuaçu; observação direta que foi feita em função de aspectos específicos, a partir dos quais foram elaborados roteiros, considerando as anotações registradas em um diário de campo. A análise dos dados consistiu no uso da técnica de categorizações, tendo por referência a Análise de Conteúdo. Neste artigo, o foco são as falas de 3 moradores e 4 professores, cujo principal referencial teórico é Enrique Dussel. Entre os resultados, destaca-se que pelas vozes coletadas em campo, percebe-se a necessidade de uma práxis escolar dialógica com os contextos históricos e socioculturais, comprometida com a própria transformação social, que se configura por meio de posturas críticas e participativas, visando às possibilidades de uma escola autônoma com um discurso pedagógico de caráter político radicalmente democratizador.
Referências
ANDRÉ, Marli Eliza Dalmazo Afonso de. Etnografia da prática escolar. Campinas: Papirus, 1995.
AZANHA, José Mário Pires. Autonomia da escola, um reexame. In: BORGES, Abel S. et al (Org.). A Autonomia e a qualidade do ensino na escola pública. São Paulo: FDE, 1993. (Série Ideias, n. 16).
BARDIN, Laurence. Análise do Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1979.
BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de Psicologia Escolar. São Paulo: Ática, 1991.
BORDENAVE, Juan E. Diaz. O que é participação. 8. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994.
DUSSEL, Enrique. 20 teses de política. 1ª ed. Buenos Aires: Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales – CLACSO; São Paulo: Expressão Popular, 2007.
FONSECA, João Pedro da. Projeto pedagógico e autonomia da escola. In: São Paulo (Cidade). Secretaria Municipal de Educação. Fundação de Apoio à Faculdade de Educação. O Ensino Municipal e a Educação Brasileira. São Paulo, 2000.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1997.
GUTIERREZ, Gustavo Luís; CATANI, Afrânio Mendes. Participação e gestão escolar: conceitos e potencialidades. In: FERREIRA Naura S. Carapeto (org.). Gestão Democrática da Educação: atuais tendências, novos desafios. São Paulo: Cortez, 1998.
McLAREN. Peter. Multiculturalismo crítico. São Paulo: Cortez, 1997.
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37, p. 7-32, 1999.
SEVERINO, Antonio Joaquim. O Projeto Político-Pedagógico: A saída para a escola. In: Informativo do projeto avaliação do desempenho escolar. Rio de Janeiro n. 5, set., 1998.
SILVA, Jair Militão da. A autonomia da escola pública: A re-humanização da escola. Campinas: Papirus, 1996.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.