ENSINO DE CIÊNCIAS ATRAVÉS DA PRÁTICA EXPERIMENTAL FLEXIBILIZADA PARA ALUNO DEFICIENTE VISUAL
Visualizações: 521DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v13i37.4867Palavras-chave:
Flexibilização, Experimentação, Inclusão, CegueiraResumo
Na perspectiva de uma inclusão educacional no contexto de educação especial é discutido o papel da escola no acesso ao conhecimento dos alunos com deficiência e como é contemplado esse processo de ensino-aprendizagem. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa é desenvolver uma flexibilização em prática experimental de ensino de ciências para alunos com deficiência visual e, a partir dessa prática, analisar e avaliar o seu impacto na aprendizagem da aluna em questão e no processo de inclusão no ambiente da sala de aula. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa e de caráter exploratório, para a qual fez-se uso de entrevista e questionário para avaliação desta flexibilização e a Teoria Fundamentada para análise dos resultados. A flexibilização foi realizada na prática experimental de cromatografia em papel no extrato de folhas verdes associado ao estudo de fotossíntese, realizada na turma do 5º ano do ensino fundamental de uma escola pública onde há uma aluna deficiente visual. Após a finalização de todo o processo, pode-se perceber que a consolidação da inclusão escolar se dá a partir de um olhar singular no aluno, oportunizando a participação igualitária e sem preconceito, contemplando as suas necessidades com métodos e materiais flexibilizados.Referências
BLANCO, R. La atención educativa a la diversidad: escuelas inclusivas. Calidad, equidad y reformas em La enseñaza. Buenos Aires: Santillana. 2010.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Educação Infantil e Ensino Fundamental. Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica. 2018.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF. 1988 Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 03 de fevereiro se 2020.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais- Adaptações Curriculares: Estratégias para Educação de Alunos com Necessidades Especiais. Brasília. Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica, 1998.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais. Brasília. Brasília: MEC. Secretaria de Educação Básica, 1997.
BRASIL. Resolução CNE/CEB nº2/01. Diretrizes Nacionais para a Educação especial na Educação Básica. MEC. 2001. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/diretrizes.pdf. Acesso em 03 de fevereiro de 2020.
BULLERJAHN, G. S.; POST, A. F. The prochlorophytes: are they more than just chlorophyll a/b-containing cyanobacteria?. Critical reviews in microbiology, v. 19, n. 1, p. 43-59, 1993.
BÜRKLE, T. S. A Sala de Recursos como suporte à Educação Inclusiva no Município do Rio de Janeiro: das propostas legais à prática cotidiana. Centro de Educação e Humanidades: Faculdade de Educação. Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2010.
CAMPBELL, S. I. Múltiplas Faces da Inclusão. Rio de janeiro: Wak Ed. 2009, 224p.
CHASSOT, A. Alfabetização científica: uma possibilidade para a inclusão social. Revista brasileira de educação, n. 22, p. 89-100, 2003.
DUARTE, B.S.; BATISTA, C. V. M. Desenvolvimento infantil: importância das atividades operacionais na educação infantil. XVI Semana da Educação, Londrina, 2015.
FARRONI, T.; MENON, E. Percepção visual e desenvolvimento inicial do cérebro. Enciclopédia sobre o Desenvolvimento na Primeira Infância. 2008. Disponível em http://www.enciclopedia-crianca.com/sites/default/files/textes-experts/pt-pt/2432/percepcao-visual-e-desenvolvimento-inicial-do-cerebro.pdf Acesso em: 14 de fevereiro de 2020.
FERREIRA, E. M. B.; CERQUEIRA, J. B. Recursos didáticos na educação especial. Instituto Benjamin Constant, 2000. Disponível em: http://www.ibc.gov.br/images/conteudo/revistas/benjamin_constant/2000/edicao-15-abril/Nossos_Meios_RBC_RevAbr2000_ARTIGO3.pdf Acesso em 14 de fevereiro de 2020.
GIODAN, M. O papel da Experimentação no Ensino de Ciências no Ensino de Ciências. Química Nova na Escola. 10, 43-49, 1999. Disponível em http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc10/pesquisa.pdf. Acesso em 16 de fevereiro de 2020.
GONZÁLEZ, F. H. D. Fotossíntese. UFRGS. 2014. Disponível em: https://www.ufrgs.br/lacvet/restrito/pdf/fotossintese.pdf. Acesso em 16 de fevereiro de 2020.
GUEBERT, M. C. C. Inclusão: Uma realidade em discussão. Curitiba: Intersaberes, 2012, 111p.
HALL, D.; RAO, K. História e progresso das ideias: Fotossíntese. Tradução: LAMBERTI A. São Paulo: Editora Pedagógica e Universitária, 1980, 89p.
HALLAIS, S. C. et al. Experimentos Adaptados Para Estudantes Com Deficiência Visual. Revista de Educação, Ciências e Matemática, v. 7, n. 2, 2017.
HENRIQUES, R. M. O Currículo Adaptado na Inclusão do deficiente intelectual. O Papel Do Currículum Na Inclusão, 2012. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_rosangela_maria_henriques.pdf Acesso em 23 de abril de 2020.
HOEHNE, L.; RIBEIRO, R. Uso da cromatografia em papel para revelar as misturas de cores das canetinhas tipo hidrocor em diferentes fases estacionárias. Revista Destaques Acadêmicos, v. 5, n. 5, 2013.
KRAUS, J. E. O que é fotossíntese? Programa de Educação Continuada. Aperfeiçoamento de professores. Professor da Educação Básica II Biologia. 2005, p.28-39.
LEITE, M. R. T.; SILVA, G. R. Inclusão da pessoa com deficiência visual nas instituições de educação superior de belo horizonte. Trilhas Pedagógicas, v. 99, p. 80-99, 2006.
LIMA, A. V.; CARNEIRO, A, P. L.. A Importância Da Sala De Atendimento Educacional Especializado – AEE. Anais. II Cintedi II Congresso internacional de educação inclusiva III Jornada Chilena Brasileira de educação inclusiva. 2016.
LORENZETTI, L.; DELIZOICOV, D. Alfabetização científica no contexto das séries inicias. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências. 3(1), 45-61. 2001.
MAGALHÃES, A. C. N. Fotossíntese. In. FERRI, M. G. Fisiologia vegetal. São Paulo: EDUSP, 1985.
MANTOAN, M. T. E.; PRIETO, R. G. Inclusão escolar: pontos e contrapontos. São Paulo: Summus, 2006, 103p.
MARCHESI, Á.; MARTIN, E Terminologia do distúrbio às necessidades educacionais especiais. In: COLL, Cesar et al. Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educativas especiais e aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. p. 7-23.
MITTLER P. Educação Inclusiva: contextos sociais. Porto Alegre: Artmed, 2003, 264p.
MONTOAN, M. T. É. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer? 1 ed. São Paulo: Moderna, 2003, 51p.
NETO, C. C. Análise orgânica: métodos e procedimentos para a caracterização de organoquímios. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.
NETO, J. D. A experimentação para alunos com deficiência visual: proposta de adaptação de um livro didático. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) Universidade de Brasília, Brasília, 2012.
NEUMANN, R; LEWANDOSKI. O estudo da fotossíntese mais próxima da realidade do aluno. In: Os Desafios da escola pública paranaense na perspectiva do professor PDE. Cadernos PDE. Vol. I. 2013.
ORRÚ, S. E. O Re-Inventar da inclusão. Petrópolis/RJ: Vozes, 2017, 135p.
PACHECO, J; EGGERTSDÒTTIR, R.; MARINÓSSON, G. Caminhos de para a inclusão: um guia para o aprimoramento da equipe escolar. São Paulo: Artmed, 2007, 232p.
PADILHA, A. M. L. Práticas Pedagógicas na Educação Especial: a capacidade de significar o mundo e a inserção do deficiente mental. 2ed. Campinhas: Fapesp, 2005, 194p.
PICCOLI, R. Educação Inclusiva do Aluno com Necessidades Especiais: Desafios e Perspectivas dos Gestores. Monografia. Especialização Lato Sensu em Gestão Educacional. UFSM. 2010.
PIRES, R. F. M. Proposta de guia para apoiar a prática pedagógica de professores de química em sala de aula inclusiva com alunos que apresentam deficiência visual. Dissertação (mestrado em educação) – Instituto de Ciências Biológicas, Instituto de Física, Instituto de Química, Faculdade UnB de Planaltina, Brasília. 2010.
RAMOS, R. Inclusão na Prática: estratégias eficazes para a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2016, 126p.
RAPOSO P. N.; CARVALHO, E. N. S. Inclusão de alunos com deficiência visual. In: Ensaios Pedagógicos: construindo escolas inclusivas 1. ed. Brasília: MEC, SEESP, 2005, p. 140-145, 2005.
RIBEIRO, N. M.; NUNES, C. R. Análise de pigmentos de pimentões por cromatografia em papel. Química Nova na Escola, v. 29, n. 8, p. 34-37, 2008.
RODRIGUES, L. Fundamentos teóricos da Educação inclusiva. Apostila do Curso Educação Inclusiva: Práticas de Sala de Aula. Valecup Cursos de Capacitação e Aperfeiçoamento. 2019.
ROPOLI, E. A. et al. A Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar: a escola comum inclusiva. Fortaleza: Universidade Federal do Ceará, 2010. 52p.
SÁ, E. D.; CAMPOS, I. M.; SILVA, M. B. C. Atendimento Educacional Especializado: Deficiência Visual. Brasília: Gráfica e Editora Cromos, 2007, 57p.
SANTOS, J. L. G. et al. Análise de dados: comparação entre as diferentes perspectivas metodológicas da Teoria Fundamentada nos Dados. Rev. esc. enferm, v. 52, 2018.
SANTOS, M. P.; PAULINO, M. M. Inclusão em educação: cultura, políticas e práticas. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2008, 168p.
SCHWARTZ, S. et al. Corantes. In: DAMODARAN, Srivivasan; PARKIN, Kirk. Química de Alimentos de Fennema. 5ed. Porto Alegre: Artmed, p.677-748, 2019.
SHIMAZAKI, E. M.; SILVA, S. C. R.; VIGINHESKI, L. V. M. O ensino de matemática e a diversidade: o caso de uma estudante com deficiência visual. Interfaces da Educ., v.6, n.18, p. 148-164, 2015.
SILVA, A. M. Educação Especial e inclusão Escolar. Curitiba: Intersaberes, 2012, 213p.
SILVA, A. R. da et al. Extração de Pigmentos Fotossintéticos em folhas das espécies de café (coffea arábica), acálifa (acalypha hispida) e urucum (bixa orellana) por meio de cromatografia em papel. In VIII Simpósio de Pesquisa dos Cafés do Brasil. Salvador, BA, 2013.
SILVA, R. R.; MACHADO, P. F. ; TUNES, E. Experimentar sem medo de errar. Ensino de química em foco. Ijuí: Ed. Unijuí, p. 231-261, 2010.
SKOOG, D. Princípios de Análise Instrumental. 5 ed. Porto Alegre: Bookman, 2002, 836p.
STRAUSS, A.; CORBIN, J. Basics of qualitative research. Sage publications, 1990.
STREIT, N. M. et al. As clorofilas. Ciência Rural, v. 35, n. 3, p. 748-755, 2005.
VILARONGA, C. A. R.; MENDES, E. G.; ZERBATO, A. P. O trabalho em colaboração para apoio da inclusão escolar: da teoria à prática docente. Interfaces da Educ., v.7, n.19, p.66-87, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.