REESCREVENDO A HISTÓRIA SOB UMA PERSPECTIVA INDÍGENA: A DESCONSTRUÇÃO DA FIGURA DO "DESBRAVADOR" NO OESTE DE SANTA CATARIN

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4899

Palavras-chave:

Desbravador, ocultação da cultura indígena, reconstrução histórica.

Resumo

Este artigo problematiza a figura do Desbravador como símbolo da colonização da região oeste do Estado de Santa Catarina com o objetivo de desenvolver uma perspectiva da história e da atualidade da região que recupera e valoriza a presença de culturas e comunidades indígenas. A proposta utiliza elementos históricos, porém tem foco eminentemente filosófico, sustentado no arcabouço teórico formulado por Enrique Dussel. Adotando uma abordagem metodológica qualitativa, que utiliza como métodos principais as entrevistas e relatos de história oral, o texto inicia com uma exposição do referencial teórico, seguido de uma análise e desconstrução da imagem do Desbravador com base no conceito exposto. Posteriormente, faz uma exposição do processo de expulsão da população indígena da cidade de Chapecó e das ações graduais para apagar as marcas, nomes e lugares que se referiam à ocupação indígena da região. Finalmente, são expostas as reflexões acerca do trabalho realizado com estudantes indígenas e não indígenas sobre a história e a cultura dos povos que originalmente e até hoje ocupam a região. Essa experiência evidencia o potencial de ações educacionais como instrumentos de ressignificação simbólica e valorização da multiplicidade de vozes para a construção de relatos históricos.

Biografia do Autor

Jorge Alejandro Santos, Universidad de Buenos Aires

Jorge Alejandro Santos (Córdoba, 1975) es abogado, licenciado y doctor en filosofía (UBA). Investigador de la Universidad Nacional de Hurlingham. Profesor de la Universidad de Buenos Aires. Profesor Colaborador del PPGE de la Universidad Comunitaria de la Región Chapecó, Santa Catarina, Brasil. Es especialista en pensamiento latinoamericano, filosofía intercultural, educación intercultural y derechos indígenas. Desde 2018 trabaja como profesor en el Máster de Estudios Culturales Latinoamericanos en la Facultad de Filosofía y Letras (UBA).

Fernanda Machado Dill, Universidade Federal de Santa Catarina

Graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Barddal de Artes Aplicadas e graduação em Design de produto pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná . Mestrado e Doutorado em Arquitetura e Urbanismo pelo Programa de Pós-graduação em arquitetura e Urbanismo da UFSC. Atua principalmente nos seguintes temas: Linguagem espacial; Configuração espacial em comunidades indígenas; representação espacial de práticas culturais; responsabilidade social da arquitetura; Cultura e Espaço Kaingang. Atualmente realiza pesquisa em nível de Pós doutorado na área de categorias de análise socioespacial em etapas preconcepção no processo de projeto em arquitetura e urbanismo.

Leonel Piovezana, Unochapecó

[21:30, 27/04/2020] Fernanda Dill:
[21:34, 27/04/2020] Jorge - Argentina: Possui graduação em História e Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Palmas (1984), especialização em História e Geografia pela UFSC - Doutorado em Desenvolvimento Regional com a Tese intitulada: Território Kaingang na Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul - Territorialidades em confronto (UNISC, 2010) e mestrado em Desenvolvimento Regional pela Universidade de Santa Cruz do Sul (2000) Dissertação: Educação e Cultura na Terra Indígena Xapecó. Atualmente é professor titular da Universidade Comunitária da região de Chapecó do Programas de Mestrado em Educação da Unochapecó, autor dos projetos e coordenador desde 2009 até janeiro de 2014 dos cursos de Licenciaturas Intercultural Indígena. TEm 02 de fevereiro de 2018 toma posse como Pró-Reitor de Pesquisa, Extensão, Inovação e Pós-Graduação da Unochapecó.

Referências

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

Santos, J. A., Dill, F. M., & Piovezana, L. (2020). REESCREVENDO A HISTÓRIA SOB UMA PERSPECTIVA INDÍGENA: A DESCONSTRUÇÃO DA FIGURA DO "DESBRAVADOR" NO OESTE DE SANTA CATARIN. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(33), 223–244. https://doi.org/10.26514/inter.v11i33.4899