Aprender com Modelagem e Processos Criativos

relações com os fazeres de uma confeiteira

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/inter.v15i42.5610

Palavras-chave:

Modelagem, Aprender com Modelagem, Matemática

Resumo

Este artigo tem como objetivo analisar e comparar os fazeres cotidianos de uma confeiteira com as fases do Aprender com Modelagem, uma variação da Modelagem Matemática, proposta por Madruga (2016). A colaboradora dessa pesquisa foi uma confeiteira que trabalha há mais de dois anos exclusivamente com a confecção de doces e bolos decorados para festas e comemorações. Ela reside em uma cidade no sul da Bahia, trabalha em sua própria casa, sozinha, e recebe encomendas desses produtos periodicamente. Ela concedeu uma entrevista, além de uma visita para observação da montagem e finalização de um bolo. Como resultado, pode-se observar que ela utiliza, embora sem saber, as fases do Aprender com Modelagem em seus fazeres cotidianos bem como, a matemática, que está impregnada nos menores aspectos do dia-dia, para desenvolver as receitas e solucionar os diversos problemas que surgem com as encomendas. Dessa maneira, evidencia-se a utilização e feitura de modelos por meio de pesquisas realizadas por ela em diversas encomendas.

Biografia do Autor

Camilla do Valle Soares Cedraz, Universidade Estadual de Santa Cruz

Mestra em Educação em Ciências e Matemática, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC). E-mail: camillavs.cedraz@outlook.com.

Zulma Elizabete de Freitas Madruga, Universidade Federal do Recôncavo da Bahia

Doutora em Educação em Ciências e Matemática, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
(PUCRS); Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) - Brasil; Programas de Pós-graduação em
Educação em Ciências e Matemática (UESC) e Educação Científica e Formação de Professores (UESB); Grupo
de Estudos e Pesquisas sobre Tendências da Educação Matemática e Cultura (GEPTEMaC). E-mail: betemadruga@ufrb.edu.br.

Referências

ALENCAR, Eunice M. L. S. Criatividade. 2. ed. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1995.

BASSANEZI, Rodney C. Ensino-aprendizagem com Modelagem Matemática. 3. ed. 2. reimpressão São Paulo: Contexto, 2010.

BIEMBENGUT, M. S. Modelagem na Educação Matemática e na Ciência. 1. ed. São Paulo: Editora Livraria da Física, 2016.

BIEMBENGUT, M.S. HEIN, N. Modelagem Matemática no Ensino. 5. ed. 2. reimpressão. São Paulo: Contexto, 2018.

BLUM, W. et al. Modelling and Applications in Mathematics Education. New York: Springer, 2007.

BOGDAN, Robert; BIKLEN, Sari. Investigação Qualitativa em Educação. Porto, Portugal: Editora Porto, 2013.

BRASIL, PISA 2018. Relatório Nacional. Brasília, DF: INEP/MEC.

D‘AMBROSIO, Ubiratan. Etnomatemática. Elo entre as tradições e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica, 2001

DEMO, Pedro. Pesquisa: princípio científico e educativo. 14. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LUBART, Todd. Psicologia da criatividade. Trad. Márcia Conceição Machado Moraes. Porto Alegre: Artmed, 2007.

MADRUGA, Zulma E. F. Processos criativos e valorização da cultura: possibilidades de aprender com modelagem. Tese (Doutorado em Educação em Ciências e Matemática). Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2016.

_____. A modelagem (matemática) implícita nos fazeres de uma modista. Amazônia | Revista de Educação em Ciências e Matemática | v.13, n. 28, p.38-50, Jul-Dez 2017.

MADRUGA, Zulma E. F; LIMA; Valderez Marina do Rosário. Aprender com Modelagem: Relações entre Modelagem (Matemática) e Processos Criativos. Alexandria, Florianópolis, v.12, n.2, p. 241-266, novembro, 2019.

MADRUGA, Zulma E. F; SCHELLER, Morgana. A modelagem (matemática) implícita nos fazeres de uma designer de unhas artísticas e suas possíveis implicações para a educação. Revista de Educação Matemática, São Paulo, v. 16, n. 21, p. 154-172, jan. /abr. 2019.

NOVAES, Maria Helena. Psicologia da Criatividade. 4. ed. Petrópolis: Vozes, 1977.

OSTROWER, Fayga. Criatividade e processos de criação. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2014.

PONTE, João P. Concepções dos Professores de Matemática e Processos de Formação. In: PONTE, João P. (Org.). Educação Matemática: temas de investigação. Lisboa: IIE, 1992. p. 185-239.

VERGANI, T. Educação etnomatemática: o que é? Natal: Flecha do Tempo, 2007 (coleção metamorfose - número especial).

Downloads

Publicado

23-09-2024

Como Citar

Cedraz, C. do V. S., & Madruga, Z. E. de F. (2024). Aprender com Modelagem e Processos Criativos: relações com os fazeres de uma confeiteira. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 15(42), 300–321. https://doi.org/10.61389/inter.v15i42.5610