O ensino de química para surdos em cursos técnicos integrados ao ensino médio

Visualizações: 91

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/inter.v14i40.5844

Palavras-chave:

Ensino de surdos, Ensino de química, Educação profissional e tecnológica, Língua Brasileira de Sinais

Resumo

Este artigo tem a finalidade de apresentar discussões e reflexões acerca do ensino de Química para estudantes surdos nos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio (CTIEM) do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC). De natureza aplicada, a pesquisa foi realizada a partir dos conceitos da pesquisa participante, de abordagem qualitativa, com 18 professores de Química do IFSC. Os resultados apontam para a carência na formação acadêmica dos professores, para a falta de recursos didáticos bilíngues na área de ensino de Química e para a escassez de termos específicos de Química em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS), resultando em estratégias de ensino de Química pouco eficazes para estudantes surdos. Indicam, também, ser fundamental a interação entre o professor e intérprete de LIBRAS, pois são sujeitos participantes do processo formativo de estudantes surdos e, embora possuam saberes distintos, necessitam dialogar na perspectiva de contribuir em defesa de uma educação de qualidade para todos.

Biografia do Autor

Roberta Pasqualli, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina

Doutora em Educação - UFRGS

Docente do Programa de Pós-Graduação em Educação Profissional e Tecnlógica - ProfEPT.

Docete do IFSC.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto nº 5.154, de 23 julho de 2004. Regulamenta o §2ºdo art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5154.htm Acesso em: 17 fev. 2020.

GOLDFELD, M. A criança surda. Linguagem e Cognição Numa Perspectiva Sócio-Interacionista. São Paulo: Plexus Editora, 2002.

MINAYO, M. C. de S. (org.). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 25. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

OLIVEIRA, W. D. de. Estudos sobre a relação entre o intérprete de LIBRAS e o professor: implicações para o ensino de ciências. Revista Brasileira de Pesquisa em Educação em Ciências. Vol. 15, No3, 2015.

PEREIRA, L. de L. S.; BENITE, C. R. M; BENITE, A. M. C. Aula de Química e Surdez: sobre Interações Pedagógicas Mediadas pela Visão. Química Nova na Escola, v. 33, n. 1, p. 47-56, fev. 2011. Disponível em: http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc33_1/07-AF4510.pdf. Acesso em: 8 abr. 2020.

QUADROS, R. M. de. Educação de surdos: a aquisição da linguagem. Porto Alegre, Artmed, 1997.

QUADROS, R. M. de; SOUZA, S. X. de. Aspectos da tradução/encenação na língua de sinais brasileira para um ambiente virtual de ensino: práticas tradutórias do curso de Letras Libras. In: QUADROS, R. M. de (org.). Estudos Surdos III. 1. Ed. Petrópolis: Editora Arara Azul, 2008.

QUADROS, R.M. de. O “BI” do bilinguismo na educação de surdos. In: LODI, A. C. B.; MELO, A. D. B. De; FERNANDES, E. (org.). Letramento, Bilinguismo e Educação de Surdos. 1. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2012.

SILVA, V. A política da diferença: educadores intelectuais surdos em perspectivas. Florianópolis. Publicações do IFSC, 2011.

SKLIAR, C. (org.). Atualidade da educação bilíngue para surdos: interfaces entre pedagogia e linguística. Porto Alegre: Editora Mediação, 2015.

SKLIAR, C. A surdez: um olhar para as diferenças. 3. Ed. Porto Alegre: Editora Mediação, 2016.

SOUZA, S.; SILVEIRA, H. Terminologias químicas em Libras: a utilização de sinais na aprendizagem de alunos surdos. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 37-46, fev.2011.

STROBEL, K. As imagens do outro sobre a cultura surda. Florianópolis: Editora da UFSC, 2008.

STUMPF, M. R.. Transcrições de língua de sinais brasileira em Sign Writing. In: Ana LODI, C. B.; HARRISON, K. M. P.; CAMPOS, S. R. L. de; TESKE, O. (org.). Letramento e minorias. 8. Ed. Porto Alegre: Mediação, 2014.

STUMPF, M. R. Mudanças estruturais para uma inclusão ética. In: QUADROS, R. M. de. (org.). Estudos Surdos III. Petropólis: Arara Azul, 2008.

STUMPF, M. R.Aquisição da escrita de língua de sinais. Letras de Hoje, v. 36, n. 3, p. 373-381, set. 2001. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/fale/article/view/14589/9749. Acesso em: 4 maio 2020.

TORRES, E. F.; MAZZONI, A. A.; MELLO, A. G. de. Nem toda pessoa cega lê em Braille nem toda pessoa surda se comunica em língua de sinais. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 33, n. 2, p. 369-86, ago. 2007. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S1517-97022007000200013. Acesso em: em 21 abr. 2020.

Downloads

Publicado

06-11-2023

Como Citar

Pasqualli, R., & Raizer, K. Z. M. (2023). O ensino de química para surdos em cursos técnicos integrados ao ensino médio. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 14(40), 599–618. https://doi.org/10.61389/inter.v14i40.5844

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)