Oficinas estéticas com jovens de um curso técnico integrado
Visualizações: 198DOI:
https://doi.org/10.61389/inter.v14i40.5900Palavras-chave:
Psicologia escolar e educacional, Oficinas estéticas, Técnico integradoResumo
A potência de oficinas estéticas na formação de jovens de um curso Técnico Integrado é o foco deste artigo. A partir da escuta dos/as estudantes, percebemos a importância de criar espaços em que as suas demandas pudessem ser visibilizadas e trabalhadas coletivamente. Constituímos dois grupos a partir de eixos temáticos identificados no levantamento feito com os/as estudantes: A construção do eu e o meu espaço no mundo; A relação eu-outro e o nosso espaço no mundo. A partir da perspectiva dialógica de Bakhtin, selecionamos para análise enunciados que evidenciam os sentidos das atividades realizadas para os/as jovens participantes dos grupos. Tendo a questão da alteridade como foco, constatamos que as oficinas se configuraram como espaço de escuta, reflexões e criações, permitindo a constituição de novas relações dos/as estudantes com a instituição, com os outros e consigo mesmos.Referências
ANGELUCCI, C. B. Medicalização das diferenças funcionais - continuismos nas justificativas de uma educação especial subordinada aos diagnósticos. Nuances, v. 25, n. 1, p.116–134, 2014.
BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003.
BAKHTIN, M. Problemas da poética de Dostoiévski. 5. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2013.
BAKHTIN, M.; VOLOCHÍNOV, V. N. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 1990.
BRASIL. Decreto no 7.234, de 19 de julho de 2010. Dispõe sobre o Programa Nacional de Assistência Estudantil – PNAES. Brasília, DF: Presidência da República, 2010.
BRASIL. Lei no 11.892, de 29 de dezembro de 2008. Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República, 2008.
BRITO, R. D. V. A.; ZANELLA, A. V. Formação ética, estética e política em oficinas com jovens: tensões, transgressões e inquietações na pesquisa-intervenção. Bakhtiniana, v. 12, n. 1, p. 42–64, 2017.
CAMARGO, D. DE; BULGACOV, Y. L. M. A perspectiva estética e expressiva na escola: Articulando conceitos da psicologia sócio-histórica. Psicologia em Estudo, v. 13, n. 3, p. 467–475, 2008.
CASTRO, L. R. de. Conhecer, transformar(-se) e aprender: pesquisando com crianças e jovens. In: CASTRO, L. R. de; BESSET, V. L. (org.). Pesquisa-intervenção na infância e juventude. Rio de Janeiro: Trarepa/FAPERJ, 2008a, p.21-42.
CASTRO, L. R. A politização (necessária) do campo da infância e da adolescência. Psicologia Política, v. 7, n. 14, 2008b.
CASTRO, L. R. DE et al. Falas, afetos, sons e ruídos: as crianças e suas formas de habitar e participar do espaço escolar. Revista Eletrônica de Educação, v. 12, n. 1, p. 151–168, 2018.
CASTRO, L. R. De. Entre a subordinação e a opressão: os jovens e as vicissitudes da resistência na escola. In: Mayorga, C., Castro, L. R. de, Prado, M.A.M. (orgs.). Juventude e a experiência da política no contemporâneo. Rio de Janeiro: Contra-capa/Faperj, 2012.
CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Recomendações de práticas não medicalizantes para profissionais e serviços de educação e saúde. Brasília: CFP, 2015.
COUTINHO, L. G. Pesquisa-intervenção na escola: adolescência, educação e inclusão social. Arquivos Brasileiros de Psicologia, v. 63, n. 1, p. 2–10, 2011.
COUTINHO, L. G.; SOUZA, S. N. DE; OLIVEIRA, B. O. Encontros e desencontros entre adolescência e educação: relato de pesquisa-intervenção. Fractal, v. 24, n. 2, p. 341–352, 2012.
DAYRELL, J. A escola “faz” as juventudes? Reflexões em torno da socialização juvenil. Educação e Sociedade, v. 28, n. 100, p. 1105–1128, 2007.
FONSECA, F. L.; NEVES, J. G.; ZANELLA, A. V. Imagens de si em movimento: jovens, escola e o projeto Arteurbe. In: SCHLINDWEIN, V. DE L. D. C. Interfaces da psicologia com a educação, a saúde e o trabalho: leituras. Porto Velho-RO: EDUFRO, 2014. p. 15–35.
FURTADO, J. R. et al. Teatro sem vergonha: jovens, oficinas estéticas e mudanças nas imagens de si mesmo. Psicologia Ciência e Profissão, v. 31, n. 1, p. 66–79, 2011.
GOMES, R. C. et al. Significados construídos por adolescentes acerca do processo de escolarização. Psicologia da Educação, n. 39, p. 75–88, 2014.
KUPFER, M. C. M. O que toca à/a Psicologia Escolar. In: MACHADO, A. M.; SOUZA, M. P. R. de Psicologia Escolar: em busca de novos rumos. SP: Casa do Psicólogo, 2008, p. 35–65.
MACHADO, J. P.; PAN, M. A. G. DE S. Política Pública e Subjetividade: a assistência estudantil na universidade. Textos & Contextos, v. 13, n. 1, p. 184–198, 2014.
MACHADO, J. P.; ZANELLA, A. V. Bakhtin, ciências humanas e psicologia: diálogos sobre epistemologia e pesquisa. Psicologia & Sociedade, v. 31, n. 0, 11 jun. 2019.
MAHEIRIE, K. Constituição do sujeito, subjetividade e identidade. Interações, v. 7, n. 13, p. 31–44, 2002.
MARINHO-ARAUJO, C. M. Intervenção Institucional: Ampliação crítica e política da atuação em Psicologia Escolar. In: GUZZO, R. S. L. Psicologia Escolar: desafios e bastidores na educação pública. Campinas/SP: Editora Alínea, 2014. p. 153–176.
MOYSÉS, M. A. A.; COLLARES, C. A. L. Medicalização: o obscurantismo reinventado. In: MOYSES, M. A. A.; COLLARES, C. A. L.; RIBEIRO, M. C. Novas capturas, antigos diagnósticos na era dos transtornos. 1. ed. Campinas/SP: Mercado de Letras, 2013, p. 41–64.
PAIVA, I. L. DE; MEJÍA-HERNÁNDEZ, J. M. G. A violência entre adolescentes no contexto escolar. Densidades, v. 14, p. 39–47, 2017.
VIGOTSKI, L. S. A tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
VIGOTSKI, L. S. Imaginação e criação na infância: ensaio psicológico - livro para professores. São Paulo: Ática, 2009.
VIGOTSKI, L. S. Obras Escogidas III: problemas del desarollo de la psique. Madrid: Visor Distribuiciones, 1995.
ZANELLA, A. V. Psicologia histórico-cultural em foco: aproximações a alguns de seus fundamentos e conceitos. 1. ed. Florianópolis: Edições do Bosque/UFSC, 2020.
ZANELLA, A. V. Perguntar, registrar, escrever: inquietações metodológicas. Porto Alegre: Sulina; Editora da UFRGS, 2013.
ZANELLA, A. V. Reflexões sobre a atuação do(a) psicólogo(a) em contextos de escolarização formal. Psicologia: Ciência e Profissão, v. 23, n. 3, p. 68–75, set. 2003.
ZANELLA, A. V. et al. O projeto ArteUrbe: tecnologia e produção de subjetividade. Revista Polis e Psique, v. 4, n. 3, p. 217–233, 5 set. 2014.
ZANELLA, A. V.; BRITO, R. D. V. A. Jovens e cidade: a experiência do projeto ArteUrb. Revista Polis e Psique, v. 2, n. 1, p. 43, 15 nov. 2012.
ROCHA, M. L. da. Educação em tempos de tédio: um desafio à micropolítica 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.