Da elaboração à implementação de políticas curriculares na/com a escola

possibilidades e desafios para consecução de projetos colaborativos

Resumo

O presente texto objetiva apresentar o movimento de formulação de uma Proposta Curricular a partir da concepção da escola como espaço de produção de políticas públicas e do princípio colaborativo, como fulcrais ao desenvolvimento deste projeto. Com base em uma pesquisa-ação crítico-colaborativa (PIMENTA, 2005), inspirou-se no ato democrático de construção curricular com os atores do espaço escolar, à luz das interlocuções com a Secretaria Municipal de Educação e Instituições de Ensino Superior, como possibilidade de engendramento de uma política curricular. Os subsídios teóricos, ancorados em Lopes (2004, 2006), Lopes e Macedo (2011), Ball (1994), Sacristán (2000) em consonância com os dados compartilhados neste texto, assinalam a imprescindibilidade de regulações ordenadoras do currículo em sociedades complexas, bem como resguardam às escolhas e o poder decisório, numa dimensão coletiva, como estratégias à reafirmação do papel da escola e de suas formas de participação nas políticas educacionais. Tais estratégias, configuradas como endógenas e exógenas, foram explicitadas na expectativa de ampliar o conhecimento do estudo e situá-lo no bojo da política em tela, como possibilidade de ter a escola como espaço para remodelamento de diferentes práticas curriculares.