Tecnologias digitais na primeira infância: experiências e riscos na interação com telas
Visualizações: 2521DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.6081Palavras-chave:
Tecnologias digitais, Multiletramento, Educação infantilResumo
Este artigo, que tem como tema as tecnologias digitais na infância, é fruto de uma pesquisa cujo objetivo foi analisar a interação das crianças com as tecnologias digitais no contexto familiar, e os respetivos reflexos positivos e negativos no contato com telas. Tomou-se como referência orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Organização Mundial da Saúde (OMS), direcionadas a pais e educadores para o uso seguro e pedagógico de telas. Utilizou-se como metodologia a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, com seleção de artigos em repositórios científicos e aplicação de questionário on-line a pais/responsáveis de crianças na faixa etária de 2 a 5 anos. De acordo com os resultados, o tempo em que as crianças utilizam telas de dispositivos e outras tecnologias digitais, muitas vezes, excede as recomendações da SBP e da OMS, expondo-as a situações de risco. As famílias revelaram a percepção de sinais de dependência digital nas crianças pesquisadas. Conclui-se que nem sempre os pais se dão conta dos riscos da exposição demasiada de crianças pequenas em interações digitais, sem monitoramento de um adulto. O grande desafio posto às famílias e às escolas é o de redimensionar o uso de tecnologias, aproveitando seu potencial educativo.
Referências
AMANTE, L. Tecnologias Digitais, Escola e Aprendizagem. Ensino em Re-Vista. V. 18, n 02, p. 235-245, Jul/Dez, 2011.
BASTOS, M. C. P. Metodologia Científica. Londrina-PR: Editora e Distribuidora Educacional S/A, 2016 (Livro: Unidade 3: Projeto Pesquisa).
BORGES, F. G. B. A construção de uma metodologia para o letramento digital. Universidade Federal da Grande Dourados. v. 11, n. 25, jan/jun, 2017.
BRANCO, M. R. As tecnologias de informação e comunicação: novos suportes para o ensino de literatura. Texto Livre: Linguagem e Tecnologia, v. 10, n, 1, p.229-241,2017
BRASIL. Ministério da Educação. Governo Federal. Secretaria da Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular: educação é a Base. Brasília, DF, p. 472, 2017.
BRITO, R. Estilos de mediação do uso de tecnologias digitais por crianças até aos 6 anos. Da Investigação às Práticas, v. 8, n. 2, p. 21–46, 2018.
CAETANO, L. M. D. Tecnologia e Educação: Quais os desafios? Educação (UFSM), v. 40, n. 2, p. 295–309, 2015.
CLIMACO, F. C; M, C. M. Educação Infantil, Mídias Digitais e Práticas educativas: caminhos cruzados, possíveis diálogos. Revista Teias. Conversas sobre formação de professores, práticas e currículos, v. 18, n. 50, jul/set, 2017.
COSCARELLI, C. V; KERSCH, D. F. Pedagogia dos Multiletramentos: alunos conectados? Novas escolas + novos professores. In: COSCARELLI, C. V; KERSCH, D. F; CANI, J. B. (Org). Multiletramentos e Multimodalidades. Campinas – SP: Pontes editores, 2017.
COUTNHO, C.P. Metodologia de Investigação em Ciências Sociais e Humanas. 2ª. Ed. Coimbra: Edições Almedina, 2015.
DUDENEY, G; HOCKLY, N; PEGRUM, M. Letramentos digitais. Trad: Marcos Marcianilo. São Paulo: Parábola editorial, 2016.
FANTIN, M. Crianças e games na escola: entre paisagens e práticas. Revista Latinoamericana de Ciências Sociales, Niñez y Juventud, v. 13, p. 195-208, 2015.
FARIA, H. de C.; COSTA, I. P; NETO, A. S. Hábitos de Utilização das Novas Tecnologias em Crianças e Jovens. Gazeta Médica, v. 5, p. 270–276, 2018.
MARQUES, C.G; PEREIRA, I. TIC, inclusão e diferenciação pedagógica: estudo exploratório. In: XXI SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INFORMÁTICA EDUCATIVA. Tomar, Portugal. Book of proceedings, 2019.p. 67-72.
MODELSKI, D.; GIRAFFA, L. M. M.; CASARTELLI, A. DE O. Tecnologias digitais, formação docente e práticas pedagógicas. Educação e pesquisa, v. 45, p. 1–17, 2019.
MONTEIRO, A.F; OSÓRIO, A. J. Novas tecnologias, riscos e oportunidades na perspectiva das crianças. Revista Portuguesa de Educação, v. 28, n. 1, p. 35–57, 2015.
MINAYO, M, C, de S. Pesquisa social: Teoria, Método e Criatividade. 21ª. ed. Petrópolis: Editora Vozes, 2002.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA. Assessing internet development in Brazil. Paris: UNESCO, 2019.
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE. Guidelines on physical activity, sedentary behaviour and sleep: for children under 5 years of age. Wold Health Organization - OMS, 2019.
SILVA, P. F; FAGUNDES, L.C; MENEZES, C. Como as Crianças estão se apropriando das Tecnologias digitais na Primeira Infância. CINTED-UFRGS, v.16, n. No 1, Julho, p. 1–10, 2018.
SOARES, J. A; ORTZ, M. F. A; CANATO, R. L. C. O benefício da tecnologia no desenvolvimento da criança. Interciência & Sociedade, v. 5, n. 1, p. 75–85, 2020.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação: #menos telas #mais saúde. Rio de Janeiro: Grupo de trabalho saúde na era digital, 2019b.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA. Manual de orientação: uso saudável de telas, tecnologias e mídias nas creches, berçários e escolas. Rio de Janeiro: Departamentos científicos de pediatria do desenvolvimento e comportamento e de saúde escolar, 2019a.
ZACHARIAS, V. R. de C. Letramento digital: desafios e possibilidades para o ensino. In: Tecnologias para aprender. COSCARELLI, C. V; RIBEIRO, A. E. (Org). São Paulo: Parábola Editora, p, 15-29, 2016.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.