A formação de professores de ciências em um curso de licenciatura
fragilidades na matriz curricular
Visualizações: 299DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v13i39.6128Palavras-chave:
Licenciatura em Ciências Biológicas, Formação de professores, Ensino de CiênciasResumo
No Brasil, a situação da educação científica vem se mostrando preocupante. Uma das formas de investir nessa área é melhorando a formação dos professores de ciências para a educação básica. Sendo assim, essa pesquisa se concentrou em investigar a qualidade da reestruturação curricular de um curso de Licenciatura em Ciências Biológicas, principalmente por meio da concepção de alunas concluintes de tal curso sobre a formação que receberam. Ao total foram entrevistadas seis estudantes e as entrevistas
foram transcritas e analisadas por meio da análise de conteúdo de Laurence Bardin. Foi feita também uma análise percentual comparativa simples entre as matrizes curriculares do curso, a primeira e a atual, a fim de compreender que alterações estruturais de fato ocorreram. Os resultados mostraram que a mudança na matriz curricular pouco contribuiu no sentido dar protagonismo à formação pedagógica oferecido pelo curso e que, este, continua privilegiando em sua estruturação curricular a formação no
campo da área disciplinar em detrimento da formação sobre como ensinar.
Referências
ARROYO, Miguel. Imagens quebradas: trajetórias de alunos e mestres. 8 ed. Petrópolis: Vozes, 2004. 405 p.
BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições, 2016. 279 p.
BRASIL. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO. Resolução CNE/CP nº 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui a duração e a carga horária dos cursos de licenciatura, de graduação plena, de formação de professores da Educação Básica em nível superior. Brasília: MEC/CP. Disponível em: < http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CP022002.pdf > Acesso em 08 abr. 2018.
CARVALHO, Ana Maria Pessoa de; GIL-PÉREZ, Daniel. Formação de professores de ciências: tendências e inovações. 10 ed. São Paulo: Cortez, 2011. 127 p.
CHAVES, Taniamara Vizzotto; TERRAZAN, Eduardo Adolfo. Um estudo sobre as formas de organização da formação pedagógica em cursos de licenciatura. Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação Docente, Belo Horizonte, v. 7, n. 13, p. 31-44, ago.-dez. 2015.
DA SILVA, Mardem Michael Ferreira et al. Formação pedagógica em cursos de licenciatura: um estudo de caso. Educação (UFSM), Santa Maria, v. 41, n. 3, p. 593-604, set.-dez. 2016.
DE REZENDE PINTO, José Marcelino. O que explica a falta de professores nas escolas brasileiras?. Jornal de Políticas Educacionais, Curitiba, v. 8, n. 15, p. 03-12, jan.-jun. 2014.
DINIZ-PEREIRA, Júlio Emílio. O que professores de um curso de licenciatura pensam sobre ensino? Educação em Revista, Belo Horizonte, nº 30, p. 107-113, 1998.
GARCIA, Paulo Sérgio. A formação de professores de ciências na legislação educacional brasileira. VI ENCONTRO DE PESQUISA EM EDUCAÇÃO EM CIÊNCIA, v. 16, 2007. Disponível em: http://www.nutes.ufrj.br/abrapec/vienpec/CR2/p798.pdf. Acesso em: 01 abr. 2018.
GARRIDO, Elsa; BRZEZINSKI, Iria. A reflexão e investigação da própria prática na formação inicial e continuada: contribuição das dissertações e teses no período 1997-2002. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 8, n. 23, jan.-abr. 2008.
GATTI, Bernardete A.; NUNES, Marina Nuniz Rosa. Formação de professores para o ensino fundamental: estudo de curículos das licenciaturas em pedagogia, lingua portuguesa, matemática e ciências biológicas. Textos FCC, São Paulo, v. 29, p. 155, 2013.
GAUTHIER, Clermont et al. Por uma teoria da pedagogia: pesquisas contemporâneas sobre o saber docente. 2 ed. Ijuí: Editora Unijuí, 2006.
LANGHI, Rodolfo; NARDI, Roberto. Trajetórias formativas docentes: buscando aproximações na bibliografia sobre formação de professores. Alexandria: Revista de Educação em Ciência e Tecnologia, Florianópolis, v. 5, n. 2, p. 7-28, set. 2012.
MALUCELLI, Vera Maria Brito. Análise crítica da formação dos profissionais da educação: revisando a Licenciatura em Biologia. Revista Diálogo Educacional, Curitiba, v. 2, n. 4, p. 139-152, jul.-dez. 2001. Disponível em: < file:///C:/Users/win7/Downloads/dialogo-746%20(2).pdf>. Acesso em: 25 mar. 2018.
MARCELO, Carlos. A identidade docente: constantes e desafios. Revista Brasileira de Pesquisa sobre Formação Docente, Belo Horizonte, v.1, n.1, p. 109-131, ago.-dez. 2009.
OCDE, Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Brasil no PISA 2015 : análises e reflexões sobre o desempenho dos estudantes brasileiros. — São Paulo : Fundação Santillana, 2016. 274 p.
PEREIRA, Júlio Emílio Diniz. A formação de professores nos cursos de Licenciatura: um estudo de caso sobre o curso de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Educação, UFMG, Belo Horizonte, 1996.
ROCHA, Luiz Daniel. Avaliação do curso de Licenciatura em ciências biológicas da Unifal-MG na perspectiva de seus egressos. Revista Profissão Docente, Uberaba, v. 13, n. 28, p. 76-98, jan.-jun. 2013. Disponível em: <http://www.revistas.uniube.br/index.php/rpd/article/view/568>. Acesso em: 24 mar. 2018.
SAGAN, C. O mundo assombrado por demônios: a ciência vista como uma vela no escuro. 1 ed. São Paulo: Cia das Letras, 2006.508 p.
SCHWARTZMAN, Simon; CHRISTOPHE, Micheline. A educação em ciências no Brasil. Rio de Janeiro: Instituto do Estudo do Trabalho e Sociedade, 2009.
SIQUEIRA DE SÁ BARRETTO, Elba. Políticas de formação docente para a educação básica no Brasil: embates contemporâneos. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 20, n. 62, jul.-set. 2015.
TARDIF, Maurice. Saberes docentes e formação profissional. 4 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
WAISELFISZ, Júlio Jacobo. O ensino das ciências no Brasil e o PISA. São Paulo: Sangari Brasil, 2009. 126 p.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.