Um estudo crítico do livro chapeuzinho amarelo de Chico Buarque
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https://doi.org/10.26514/inter.v1i1.651Resumo
Acompanhando o processo de delineamento do conceito de infância (século XVIII), surge um gênero literário voltado à especificidade das crianças: a literatura infantil. No Brasil, tornou-se consensual afirmar que a produção de uma literatura adequada aos pequenos inicia-se em 1921, com a publicação de A menina do narizinho arrebitado, de Monteiro Lobato. É comum afirmar, também, que a diversificação da produção literária voltada para as crianças e o aparecimento de novos autores tomou grandes proporções a partir de 1970 – contexto em que surge, em 1979, o livro Chapeuzinho Amarelo, de Chico Buarque, mote do estudo em questão. Contudo, apesar de sua relevância para a formação humana, a literatura infantil ainda é, equivocadamente, tida por muitos como um gênero menor, quer pelo público a que se destina quer pela insistência de uma pedagogia utilitarista. Nesse sentido, sem a pretensão de esgotar o tema, o presente trabalho tem o intuito de analisar o livro Chapeuzinho amarelo, a partir do exame de seus aspectos textuais, gráficos e intertextuais, com o fito de superar ideias que, por vezes, inferiorizam o gênero ao qual o livro está inserido. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que seguiu, preponderantemente, a dedução como método de raciocínio para obter os resultados objetivados. Em suma, por meio de um olhar mais reflexivo, pode-se afirmar que o livro sob análise – publicado pela Berlendis e Vertecchia Editores Ltda – constitui-se, muito mais que uma paráfrase do livro Chapeuzinho vermelho, de Charles Perrault, em excelente instrumento para a compreensão da leitura enquanto prática social.
Palavras-chave: Literatura infantil. Gênero literário. Chapeuzinho Amarelo.
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