Experiências pedagógicas de professores de uma estudante autista do Ifes durante o período de pandemia de covid-19
Potencialidades e itinerários fenomenológicos possíveis
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Metodologia de ensino, Fenomenologia hermenêutica, Ensino remoto, AutismoResumo
São recentes os estudos acerca do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), tendo seu marco inicial consensualmente estabelecido em 1943 com o trabalho do médico Leo Kanner, o que nos leva a reconhecer o estágio preambular desse campo em relação às demais áreas das ciências médicas. No campo pedagógico, a maioria das intervenções para estudantes autistas concentram-se sob bases behavioristas. Tal cenário provoca o questionamento da escassez de abordagens pedagógicas para estudantes com TEA alternativas às propostas determinísticas apoiadas nas ciências naturais, sobretudo, considerando também o momento histórico presente, que traz o ensino remoto como característica marcante para a educação. Uma alternativa possível situa-se na potência do pensamento de Heidegger, que aponta para práticas de ensino que levem em consideração a existência ontológica do estudante autista que assume sua condição de Dasein. Nosso objetivo busca descrever a experiência de ensino remoto de professores do IFES com uma estudante autista, tendo em vista a abertura de caminhos possíveis para outras propostas de itinerários pedagógicos ancorados no pensamento heideggeriano. Nossa metodologia compreende uma pesquisa qualitativa fenomenológica com objetivo exploratório. Conclui-se que uma abertura fenomenológica mediante às metodologias de ensino hegemônicas pode proporcionar momentos legítimos de trocas entre ensino e aprendizagem.
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